A PROFISSIONALIZAÇÃO DE INTÉRPRETES DE LÍNGUAS DE SINAIS NA ESFERA JURÍDICA

Autores

Palavras-chave:

Interpretação de línguas de sinais, Esfera jurídica, Comunidades surdas, Profissionalização

Resumo

Este artigo tem como principal objetivo discutir a profissionalização de intérpretes de línguas de sinais na esfera jurídica. Para tanto, teoricamente buscou-se recuperar as contribuições trazidas pelos autores Brennan e Brown (1995, 2004), Russel (2002), Mathers (2007) e Stewart, Witter-Merithew & Cobb (2009) sobre a profissionalização de intérpretes de línguas de sinais no Reino Unido e também na América do Norte. Os dados coletados fazem parte de um estudo preliminar sobre o referido tema. Para construir o artigo, a abordagem qualitativa foi empregada como ferramenta metodológica. Foram selecionados para participar da pesquisa três intérpretes britânicos com ampla experiência de atuação na esfera jurídica na Inglaterra. Assim, tomando como base o material colhido durante as entrevistas realizadas com os participantes, foi possível analisar os avanços que já foram dados, bem como identificar o que ainda precisa ser feito para fomentar a formação e dar suporte à atuação de intérpretes na esfera legal.  Os resultados revelaram os assuntos de destaque nas entrevistas: as demandas das comunidades surdas, as formas de contratação de intérpretes de línguas de sinais, os perfis profissionais e os modos de atuação. Por meio deste trabalho, considerando as demandas e experiências expostas pelos participantes, busca-se compreender melhor quais as melhores práticas adotadas por intérpretes de línguas de sinais que podem contribuir para a profissionalização da categoria no Brasil.

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Biografia do Autor

Silvana Aguiar dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora no Departamento de Língua de Sinais Brasileira - DLSB da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na área de Estudos da Tradução e interpretação de Libras. Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal do Ceará. Doutora em Estudos da Tradução e Mestre em Educação pela UFSC, graduação em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem experiencia na área de Estudos da Interpretação (interpretação comunitária), Políticas da Tradução, formação e profissionalização de intérpretes de língua de sinais na esfera jurídica. Atua como vice-líder do Grupo de Pesquisa em Interpretação e Tradução de Línguas de Sinais - InterTrads. Membro do Grupo de Políticas Linguísticas Críticas, ambos cadastrados pelo CNPQ. Participa como membro do GT de Estudos da Tradução da ANPOLL. Colaboradora do Grupo de Pesquisa Linguística Forense (UFSC)

Rachel Louise Sutton-Spence, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Bachelor of Arts in Experimental Psychology - University of Oxford (1987) e doutorado em Estudos Surdos - University of Bristol (1995). Atualmente é professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Estudos Literarios, atuando principalmente nos seguintes temas: libras, línguas de sinais, literatura surda, poesia e literatura sinalizada. É líder do Grupo de Pesquisa Literatura em Línguas de Sinais na Universidade Federal de Santa Catarina

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Publicado

2018-06-23