Pontos e contrapontos das concepções de justiça defendidas por Rawls e Dworkin

Autores

  • Leila Viviane Scherer Hammes Universidade de Santa Cruz do Sul - Unisc

DOI:

https://doi.org/10.22456/0104-6594.62844

Palavras-chave:

Concepções de Justiça, John Rawls, Ronald Dworkin, Teoria do Direito, Filosofia do Direito

Resumo

Existem pontos de convergência e de divergência entre as concepções de justiça defendidas por Rawls e Dworkin? Esse questionamento será o fio condutor do presente artigo que se baseia em pesquisa qualitativa e tem por objetivos analisar as concepções de justiça de Rawls e Dworkin e identificar pontos de convergência e de divergência entre ambas as concepções. Para tanto, será utilizada a técnica bibliográfica e o método dedutivo. O tema justiça é recorrente entre os filósofos e pensadores tendo implicação na área do Direito. Contemporaneamente, Rawls se propôs a desenvolver uma nova teoria da justiça especialmente para combater o utilitarismo, eis que não acredita nessa proposta de justiça. Inicialmente sua teoria será vista sob o enfoque moral. Para estabelecer os princípios de justiça as pessoas deveriam estar numa posição original, vestindo o véu da ignorância, para estabelecer o contrato social. A proposta rawlsiana será questionada e um dos pensadores que se propõe a fazê-lo é Dworkin. A principal crítica que este autor constrói é a de que a teoria da justiça de Rawls não respeita ou não considera os talentos e dons de cada indivíduo. Rawls considera as críticas e propõe-se a esclarecer alguns pontos destacando que sua pretensão é a de desenvolver uma concepção política de justiça. Analisadas as concepções de justiça e elementos como equilíbrio, contrato, posição original e utilitarismo, conclui-se que existem mais pontos de convergência do que de divergência nas concepções de justiça desses dois teóricos.

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Publicado

2016-08-31

Como Citar

HAMMES, L. V. S. Pontos e contrapontos das concepções de justiça defendidas por Rawls e Dworkin. Revista da Faculdade de Direito da UFRGS, Porto Alegre, v. 1, n. 34, 2016. DOI: 10.22456/0104-6594.62844. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/revfacdir/article/view/62844. Acesso em: 29 mar. 2024.