Análise criminológica no combate ao abuso sexual no Brasil e no Uruguai

Autores

Palavras-chave:

Abuso sexual, Criminologia, Políticas públicas

Resumo

A violência sexual apresenta uma construção cultural e social desde os primórdios dos tempos. Populações vulneráveis, como mulheres e crianças, sempre estiveram à mercê do desejo e da soberania masculina, fazendo que surgissem as primeiras violações corporais e sexuais, as quais se perpetuam. A partir da construção bibliográfica e do arcabouço teórico realizou-se um estudo comparado entre o Direito Brasileiro e o Direito Uruguaio no tocante a construção de políticas públicas que objetivam combater o abuso sexual, através do uso de bibliografias disponíveis tanto no Brasil, quanto no Uruguai, no intuito de analisar à luz da criminologia o abuso sexual no Brasil. Deste modo, foi possível observar que o estudo criminológico não tem contribuído na construção das políticas públicas que envolvem o combate ao abuso sexual, tanto no Brasil quanto no Uruguai. Isso porque ainda não houve uma interdisciplinaridade almejada por muitos pesquisadores e estudiosos do assunto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliana Soares Ferreira Cabral, Universidad de La Empresa

Eliana Soares Ferreira Cabral - Psicóloga (PUC - GO) Mestre em Criminologia Forense (UDE Universidad de La Empresa Montevideo Uruguay) Especialista em Psicologia Jurídica e Inteligência Criminal (Universidade de Jangada Santa Catarina) Especialista em Psicopedagogia Institucional (FACULDADE APOGEU -DF)

Referências

ACNUR. (2013). Violencia sexual y por motivos de género en contra de personas refugiadas, retornadas y desplazadas internas. Unidad Legal Regional del Bureau de las Américas.

ALLER, G. (2009). Dogmática de la acción y práxis penal. B de F, 203 f.

ALLER,G. (2015). El Derecho Penal y la víctima. B de F, 455 f.

ALLER, G. (2008). Investigación Criminológica. In: ALLER, G. (Coord.). Estudios de Crimonolígia. Uruguay: Carlos Alvarez.

ALLER, G. (2011). Paradigmas de la criminología contemporánea. Revista de Derecho Penal y criminología, a. 3, n. 5, p. 173-198.

ALVAREZ, M.C. (2002). A criminologia no Brasil ou como tratar desigualmente os desiguais. Revista de Ciências Sociais, v. 45, n. 4, p.677-704, 2002.

ALVAREZ,M. C. (2005). O homem delinquente e o social naturalizado: apontamentos para uma história da criminologia noBrasil. Teoria & Pesquisa, n. 47, p. 71-92.

ANDRADE,V. R. P. de. (2005). A soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no tratamento da violência sexual contra a mulher. Revista Sequência, v. 26 n. 50, p. 71-102.

CARDOSO, G. V. (2010). O direito comparado na jurisdição constitucional. Revista Direito GV,v. 6,n. 2, p. 449-492.

CARVALHO, Q. C. M.; et. al. (2008). Violência contra criança e adolescente: reflexão sobre políticas públicas. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 9, n. 2, p. 157-164, 2008.

CARVALHO, S. de. (2015). Antimanual de criminologia. 6 ª ed. São Paulo: Saraiva.

CONTRERAS, J. M., et. al. (2010). Violencia sexual en Latinoamérica y el Caribe: análisis de datos secundarios. Iniciativa de Investigación sobre la Violencia Sexual.

CONTRERAS, M. I.A. & BADILLO, M. C. C. (2012). La violencia sexual contra las mujeres. Un enfoque desde la criminología, la victimología y el derecho. Reflexión Política, v. 14, n. 27, p. 122-133.

CUÑARRO,M. L. (2006). Una página de criminología. ¿Qué es la Criminología? Em: LANGON, M.; ALLER, G. (Coord.) Criminología y Derecho Penal.Tomo 2. Uruguay: Del Foro.

CUÑARRO, M. L.; MAISONNAVE, G. A. (2005). Notas para la historia de la criminología en Urugay. In: LANGON,M.; ALLER, G. (Coord.) Criminología y Derecho Penal.Tomo 2. Uruguay: Del Foro.

CURY, P. M. N. (2014). Métodos de Direito Comparado: desenvolvimento ao longo do século XX e perspectivas contemporâneas. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito (RECHTD), v. 6, n. 2, p. 176-185.

DA RE,V.; Maceri, S. (2008). La antropología criminal de lombroso como puente entre el reduccionismo biológico y el derecho penal (Primera Parte). Límite, v. 3, n. 17, p. 99-115.

ELBERT, C. A. (2010). ¿Qué queda de la criminología? Revista de Derecho Penal y Criminología, n. 4, p. 201-2017.

ELBERT,C. A. (2008). La criminología y el control social del tercer milênio. Em: ALLER,G. (Coord.) Estudios de Crimonolígia. Uruguay: Carlos Alvarez.

ESPASA, J. M. (2015). Las políticas públicas de seguridad ciudadana análisis y propuestas desde la criminología. Programa 073 Tendències actuals del Dret Penal, 668, p.

FERRAJOLI, L. (2013). Criminología, crímenes globales y Derecho Penal: el debate epistemológico en la criminología contemporánea. Revista Crítica Penal y Poder, n. 4, p. 1-11.

FERRAJOLI, L. (2001). Los fundamentos de los derechos fundamentales. Madrid: Editorial Trotta.

GABALDÓN,L. G. (2010). La criminología latinoamericana: temas, perspectivas y políticas públicas en el tránsito del milênio. Espacio Abierto,v. 19, n. 2, p. 253-272.

GORGAL, A. C. (2006). La protección de los derechos de niños, niñas y adolescentes frente a la violencia sexual.Urugay: Instituto Interamericano del NIño-OEA.

HIKAL,W. (2009). Introducción al estudio de la criminología, 73 f.

HILLYARD, P. & TOMBS, S. (2013). ¿Más allá de la criminología?. Revista Crítica Penal y Poder, n. 4, p. 175-195.

HIRIART, V. (2011). Educación sexual en la escuela, Paidós: México, 236 f.Impor. Código Penal. Disponível em: https://www.impo.com.uy/bases/codigo-penal/9155-1933

INE.(2013). Elaboración propia en base a datos de laPrimeraEncuestaNacionaldePrevalenciaSobreViolenciaBasadaenGéneroyGeneraciones.

LEÓN, M. G. E. & VITERI, D. A. (2016). Violencia sexual contra mujeres en conflictos armados: caso Boko Haram (2009-2015).Trabajo de Investigación previa a la obtención del título de Internacionalistas. Universidad Internacional del Ecuador -Facultad de Ciencias Sociales y Comunicación, 106 f.

LÓPEZ, E, G. T. & RÍOS, E. J. (2014). Criminología sexual. Revista del Instituto de Ciencias Jurídicas de Puebla A.C., v. VIII, n. 34, p. 141-165.

MALDONADO, E. H. (2016). Violencia contra las mujeres. Un estudio sobre los dispositivos de atención disponibles en Montevideo, Uruguay. Trabajo final de grado presentado a laUniversidad de la República Facultad de Psicología, 21 f.

MARCHIORI,H. (2008). Asistencia a víctimas. Víctimas vulnerables. Consideraciones criminológicas y preventivas. In: ALLER, G. (Coord.) Estudios de Crimonolígia. Uruguay: Carlos Alvarez.

MOURA, L. (2009). A internacionalização dos direitos da criança e os instrumentos de combate à exploração sexual infantil no Mercosul. Monografia apresentada como requisito para a conclusão do curso de bacharelado em Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília, 72 f.

NETO,S. B. & ADÃO, F. S. P. (2017). Para além do ir e vir: o conceito normativo brasileiro de trabalho escravo ante o direito comparado. Revista DA Faculdade de Direito –UFPR, v. 62, n. 1, p. 113 –136.

NOGUEIRA, L. A. & BELLINI,L. M. (2006). Sexualidade e violência, o que é isso para jovens que vivem na rua? Texto & Contexto Enfermagem, v. 15, a. 4, p. 610-616.

OLIVEIRA, L. B. (2018). Ateoria criminológica da atividade de rotina e o abuso sexual do gênero feminino: machismo, cultura do estupro e naturalização da violência. Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Penais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito, 55 f.

OVÍDIO, F. (1984). Aspectos do direito comparado. Revista da Faculdade de Direito, v. 79, p. 161-180.

PAIXÃO, A. C. W.; DESLANDES, S. F. Análise das políticas públicas de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil.Saúde e Sociedade, v. 19, n. 1, p. 114-126, 2010.

PEÑARANDA, P. A. R. & BECERRA, L. A. A. (2019). La violencia sexual en latinoamérica desde la perspectiva de género the sexual violence in latin america from the gender perspective. De Prácticas y discursos Universidad Nacional del Nordeste Centro de Estudios Sociales, a. 8, n. 12, p. 349-365.

SANTOS, A. L. C. (2019). Políticas criminais, direito à cidade e capital social. Reflexões sobre a sustentabilidade de políticas públicas de tratamento da criminalidade e da violência. Revista de Direito da Cidade, vol. 11, nº 3. ISSN 2317-7721. pp.727-765.

SANTOS, J. N. dos. (1962). Direito Comparado e Geografia Jurídica. Separata do vol. II dos Estudos Jurídicos em honra de Soriano de Souza. Recife, Ministério da Educação e Cultura/Universidade do Recife/Faculdade de Direito.

SARLI, E. (2016). Estrategia Regional de lucha contra la trata y el tráfico de niños, niñas y adolescentes con fines de explotación sexual en Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay.

SHECAIRA, S. S. (2011). Criminologia. 3ª ed. Editora Revista dos Tribunais: São Paulo.SOLIS, P. (2017). Discriminación estructural y desigualdad social. Con casos ilustrativos para jóvenes indígenas, mujeres y personas con discapacidad. Consejo Nacional para Prevenir la Discriminación, 134 f.

SOUSA,R. F. (2017). Cultura do estupro: prática e incitação à violência sexual contra mulheres. Revista Estudos Feministas, v. 25, a. 1, p. 9-29.

TAVARES, A. L. L. (2006). Contribuição do direito comparado às fontes do direito brasileiro. Prisma Jurídico, n. 5, p. 59-77.

TORO,W. F. P., et. al.(1999). Las políticas públicas de control de la criminalidad en Medellín. Estudios Políticos, n. 14. p. 31-64.

ZAFFARONI, E. R. (2007). El crimen de Estado como objeto de la criminología. Em: García, R. S.; Mariscal, O. I. G. Panorama internacional sobre justicia penal: Política criminal, derecho penal y criminología. Culturas y sistemas jurídicos comparados. Séptimas Jornadas sobre Justicia Penal. México D.F.: UNAM.

ZAFFARONI, E. R. (1990). La enseñanza universitária de la criminología em America Latina. Cuaderno del Instituto Vasco de Criminología, n. 3, p. 59-71.

ZAFFARONI, R. (2012). “Introducción” a criminología, civilización y nuevo orden mundial de Wayne Morrison. Revista Crítica Penal y Poder, n. 2, p. 1-17.

Downloads

Publicado

31-12-2021

Como Citar

SOARES FERREIRA CABRAL, E. Análise criminológica no combate ao abuso sexual no Brasil e no Uruguai. Revista Eletrônica de Direito Penal e Política Criminal, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 166–199, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/redppc/article/view/117981. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos