Educação da infância: o lugar da participação da família na instituição educativa

Autores

  • Nancy Nonato de Lima Alves Universidade Federal de Goiás (UFG)

DOI:

https://doi.org/10.21573/vol32n012016.60181

Palavras-chave:

Educação infantil, políticas públicas, participação familiar, gestão democrática.

Resumo

O artigo, que aborda a participação familiar como dimensão da gestão democrática na educação infantil, vincula-se à pesquisa Políticas públicas e educação da infância em Goiás: história, concepções, projetos e práticas. Com base no materialismo histórico-dialético, analisa a Educação Infantil como política pública e identifica contradições e desafios da participação da família nessa etapa educacional. Conclui que a democratização da gestão requer superar a participação restrita e operacional, construindo amplo envolvimento familiar nas decisões e ações políticas e pedagógicas da instituição de educação infantil.

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Biografia do Autor

Nancy Nonato de Lima Alves, Universidade Federal de Goiás (UFG)

NANCY NONATO DE LIMA ALVES é doutora em Educação (UFG/2007), mestre em Educação (UFG/2002) e possui especialização em Psicopedagogia (UFG/1996). Graduação em Pedagogia (PUC-GO/1991). Professora da Faculdade de Educação/UFG, na área de Didática, Formação de Professores e Estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil do curso de Pedagogia e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/FE). Subcoordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Infância e sua Educação em Diferentes Contextos (NEPIEC). Vice-Coordenadora do Projeto de Pesquisa "Políticas públicas e educação da infância em Goiás: história, concepções, projetos e práticas". Coordenadora do curso de Especialização em Educação Infantil (2014-2016). E-mail: nancynlalves@gmail.com

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Publicado

2016-06-23

Como Citar

Alves, N. N. de L. (2016). Educação da infância: o lugar da participação da família na instituição educativa. Revista Brasileira De Política E Administração Da Educação - Periódico científico Editado Pela ANPAE, 32(1), 267–285. https://doi.org/10.21573/vol32n012016.60181