Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Dossiê Temático | Artigos

v. 3 n. 1 (2021)

Textual Coups and Democratic Imaginings in Contemporary Brazilian Literature | Golpes textuais e imaginários democráticos na literatura brasileira contemporânea

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.112898
Enviado
April 9, 2021
Publicado
2021-06-02

Resumo

Abstract

This essay examines how Brazilian literature has broached changes in the country’s political and social scenario since 2013. Literary production has not only considered socio-political upheavals such as the 2013 protests, the 2016 impeachment of President Dilma Rousseff, and, more recently, the assassination of Rio city council member Marielle Franco as well as the 2020-21 COVID-19 pandemic. Literature has also expanded the signification of “democracy,” broadening the democratic lexicon by employing a language of both demands and entitlements and dispute. By creating a democratic imaginary that oscillates between vindication and exigency, contemporary Brazilian literature delineates the tensions inherent to present-day democratic culture, poised between expanding rights and what scholars have called a "democratic erosion."

Keywords: Democracy. Democratic Erosion. Literature. Poetry.

 

Resumo

Este ensaio examina como a literatura brasileira tem abordado mudanças no cenário político e social do país desde 2013. A produção literária não aborda apenas levantes sociopolíticos como os protestos de 2013, o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e, mais recentemente, o assassinato da vereadora Marielle Franco e a pandemia COVID-19. A literatura também tem expandido o significado de “democracia”, ampliando o léxico democrático ao empregar uma linguagem de demandas, direitos e disputa. Ao criar um imaginário democrático que oscila entre a reivindicação e a denúncia, a literatura brasileira contemporânea delineia as tensões inerentes à cultura democrática atual, equilibrada entre a expansão de direitos e o que os estudiosos chamam de "erosão democrática".

Palavras-chave: Democracia. Erosão Democrática. Literatura. Poesia

Referências

  1. AGAMBEN, G. Homo Sacer: Sovereign Power and Bare Life. Stanford: Stanford University Press, 1998.
  2. BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
  3. CANDIDO, A. “Direitos humanos e literatura.” Aloízio M. Oliva and Antonio C. R. Fester. Direitos humanos e. São Paulo: Comissão Justiça e Paz de São Paulo, 1989.
  4. CHAGURI, M. e AMARAL, O.E. “As bases sociais do bolsonarismo: Uma análise do autoritarismo como política.” Forthcoming: Latin American Perspectives, 2021.
  5. CHAGURI, M. e AMARAL, O.E. “Índice de autoritarismo traça a base fiel de Bolsonaro: qaunto mais apoio a golpes, mais fã do presidente.” El país 24 de março, 2021. Acessado 24/3/2021.
  6. CHAUÍ, M. de S. Between Conformity and Resistance : Essays on Politics, Culture, and the State. New York: Palgrave Macmillan, 2011.
  7. DALCASTAGNÈ, R. “O que o golpe quer calar: Literatura e política no Brasil hoje.” Anuário de Literatura, 23:2: 13-24, 2018.
  8. DEAK, A. “Apresentação”. Deak, Anita. Contos brutos. 33 Textos sobre autoritarismo. São Paulo: Editoria Reformatório. 7-8, 2019.
  9. DIAMOND, L, J. "Is the Third Wave Over?" Journal of Democracy. 7:3: 20-37, 1996.
  10. LEVISTKY, S. E ZIBLATT, D. How democracies die. New York: Crown, 2018.
  11. MIGUEL, L. F. “A democracia na encruzilhada”, Por que gritamos golpe, Ivana Jinkings, Kim Doria and Murilo Cleto, São Paulo, Boitempo Editorial (31-38), 2016.
  12. MOUFFE, C. Agonistics. Thinking the World Politically, London: Verso, 2013.
  13. MULHERIO das Letras. Um girassol nos teus cabelos: Poemas para Marielle Franco. Belo Horizonte: Quintal Edições, 2018.
  14. “No Maranhão, Bolsonaro diz que vai ‘mandar embora o comunismo do Brasil’” Isto É 29 de outubro, 2020. Accessado 3 de fevereiro, 2021. https://istoe.com.br/no-maranhao-bolsonaro-diz-que-vai-mandar-embora-o-comunismo-do-brasil/
  15. PAZ, G. “Cultura e democracia vilipendiadas por sucessivos golpes.” Ana Carolina Galvão, Junia Claudia Santana de Mattos Zaidan e Wilberth Salgueiro. Foi golpe! O Brasil de 2016 em análise. Campinas: Pontes Editoras. 97-92, 2016.
  16. PUCHEU, A. “A poesia em tempos de terrorismo”. Revista Cult 27 de abril, 2017. Acessado https://revistacult.uol.com.br/home/a-poesia-em-tempos-de-terrorismos/04/01/2021, 2017.
  17. RANCIÈRE, J. Hatred of Democracy. Traduzido por Steve Corcoran. London: Verso, 2006.
  18. RANCIÈRE, J. The Politics of Aesthetics, London: Continuum, 2000.
  19. Revista Isto É, 29/10/2020. Online https://istoe.com.br/no-maranhao-bolsonaro-diz-que-vai-mandar-embora-o-comunismo-do-brasil/ Acessado 30/03/2021
  20. RÜSCHE, A. et. al. Golpe. Antologia manifesto. Punks Pôneis, 2016.
  21. SALGUEIRO, W. “O golpe de 2016 na voz e nos versos dos poetas.” Ana Carolina Galvão, Junia Claudia Santana de Mattos Zaidan, Wilberth Salgueiro. Foi golpe! O Brasil de 2016 em Análise. Campinas: Pontes Editoras. 161-181, 2019.
  22. SCHWARCZ, L, M. Sobre o autoritarismo brasileiro: Uma breve história de cinco séculos. Carnaxide: Objectiva, 2020.
  23. VERUNSCHK, M. Untitled. In Mulherio das Letras (Orgs.) Poemas para Marielle. Belo Horizonte: Quintal Edições. 7, 2018.
  24. Revista Isto É, 29/10/2020. Disponível em: https://istoe.com.br/no-maranhao-bolsonaro-diz-que-vai-mandar-embora-o-comunismo-do-brasil/ Acesso em: 30/03/2021.

Downloads

Não há dados estatísticos.