A perspectiva hedonista do elemento femme fatale: a contribuição da visualidade na construção da personagem Nelly Borden em Milano Calibro 9

Autores

  • Alexandre Rossato Augusti UNIPAMPA
  • Gilka Padilha de Vargas

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.107455

Palavras-chave:

Análise fílmica, Cinema noir italiano, Direção de arte, Femme fatale, Hedonismo

Resumo

O trabalho objetiva, a partir da análise do filme Milano Calibro 9, abordar a perspectiva hedonista do cinema noir italiano. Elege-se o elemento femme fatale como foco central de observação. Observa-se, prioritariamente, a visualidade da obra, buscando-se regularmente os elementos concretos e visíveis de trabalho da direção de arte. A análise é conduzida por uma construção metodológica compreendida a partir de alguns pressupostos da Análise Fílmica, destacando-se, para tal, os autores Jacques Aumont e Michel Marie, e, Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété, e também da proposição metodológica de Diane Rose. A pesquisa permite apontar e refletir sobre o modo como a femme fatale, em seu potencial hedonista, direciona as demais personagens e funciona como elemento fundamental para a condução da narrativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Rossato Augusti, UNIPAMPA

Professor adjunto do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa - desde 2006). Pós-doutorando (PGGCOM - UFRGS - 2016). Doutorado em Comunicação Social (PUCRS - 2013), com sanduíche na Università degli Studi di Salerno (Itália). Mestrado em Comunicação e Informação (UFRGS - 2005). Especialista em Cinema (UFN-2019). Bacharel em Jornalismo (UFSM - 2002).

Gilka Padilha de Vargas

Cineasta, diretora de arte, artista plástica, pesquisadora e professora. Mestre em Comunicação Social pela PUC-RS. Bacharel em Artes Plásticas - Ênfase em Desenho, Licenciatura em Educação Artística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bacharel em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 

Referências

AUGUSTI, A. R. Cinema noir: as marcas da morte e do hedonismo na atualização do gênero. 2013. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/4520/1/TES_ALEXANDRE_ROSSATO_AUGUSTI_COMPLETO.pdf

AUMONT, J.; MARIE, M. A análise do filme. 2 ed., Lisboa: Texto e Grafia, 2004.

BAZIN, A. Le décor est un acteur. CinéClub, Fédération Française des Ciné-Clubs, n.

, déc. 1949. p. 6-7.

BORDE, R.; CHAUMETON, E. Panorama del cine negro. Buenos Aires: Losange, 1958.

CAPRARA, V.; COZZOLINO, G. Cinema noir e neonoir italianos. [Entrevista concedida a Alexandre Augusti]. Napoli, 19 jan. 2016.

CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 1992.

FREZZA, L. Cinema noir e neonoir. [Entrevista concedida a Alexandre Augusti]. Fisciano, 16 maio. 2012.

HEREDERO, C. F.; SANTAMARINA, A. El cine negro: maduración y crisis de la escritura clásica. Barcelona: Paidós, 1996.

JACOB, E. M. Um lugar para ser visto: a direção de arte e a construção da paisagem no cinema. 2006. Dissertação (Mestrado em Comunicação, Imagem e Informação) – Curso de Pós-Graduação em Comunicação, Imagem e Informação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.

JUNQUEIRA, T. Direção de arte em cinema: leituras de um espaço. In: BUTRUCE, D; BOUILLET, R. (org.). A direção de arte no cinema brasileiro. Rio de Janeiro: Caixa Cultural, 2017. p. 150-159.

LE JOUR se lève. Direção: Marcel Carné. Produção: Jean-Pierre Frogerais. Intérpretes: Jean Gabin, Jules Berry, Arletty et al. Roteiro: Jacques Viot, Jacques Prévert et al. [S.l.]: Productions Sigma. France, 1939, DVD (93 min), son., preto e branco. Título em português: Trágico amanhecer.

MATTOS, A. C. de G. de. O outro lado da noite: film noir. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

MILANO calibro 9. Direção: Fernando di Leo. Produção: Armando Novelli. Intérpretes: Gastone Moschin; Barbara Bouchet; Mario Adorf et al. Roteiro: Fernando di Leo. [S. l.]: Cineproduzioni Daunia 70. Italia, 1972, DVD (100 min), son., color.

ROSE, D. Análise de imagens em movimento. In: BAUER, M, W.; GASKELL, D. (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 2. ed. Petrópolis, Vozes, 2002. p. 343-363.

SEGER, L. Como criar personagens inesquecíveis. São Paulo: Bossa Nova, 2006.

SILVER, A.; URSINI, J. Film noir. Lisboa: Taschen, 2004.

VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. 6. ed. Campinas: Papirus, 1994.

VARGAS, G. P. Direção de arte: um estudo sobre sua contribuição na construção dos personagens Lígia, Kika e Wellington do filme Amarelo Manga. 2014. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

ŽIŽEK, S. Lacrimae rerum: ensaios sobre cinema moderno. São Paulo: Boitempo, 2009.

Downloads

Publicado

2021-07-12

Como Citar

Augusti, A. R., e G. Padilha de Vargas. “A Perspectiva Hedonista Do Elemento Femme Fatale: A contribuição Da Visualidade Na construção Da Personagem Nelly Borden Em Milano Calibro 9”. Intexto, nº 52, julho de 2021, p. 107455, doi:10.19132/1807-8583202152.107455.

Edição

Seção

Artigos