Qual o melhor paradigma para se interpretar os gêneros televisivos?

Autores

  • François Jost UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.28-45

Palavras-chave:

Televisão. Gêneros televisivos. Interpretação. Enunciação. Promessa. Mundos.

Resumo

A quantidade de gêneros que caracterizam os programas televisivos é grande e cresce a cada dia. Como definir quais os interpretantes fundamentais que nos permitiriam pensar, não apenas nos gêneros do passado, mas também naqueles que estão por vir? É essa questão que busco responder, através de um modelo conceitual que evoluiu no decorrer dos anos, passando especificamente de uma caracterização de modo de enunciação, para uma caracterização de mundo. De modo a mundo, existe uma mudança de paradigma. Este artigo propõe, portanto, um retorno epistemológico a três jeitos de se enxergar os gêneros televisivos. Partindo de uma promessa que norteia as inferências e convicções dos telespectadores e que pode ser identificada, a princípio, a nível semiológico (vertente europeia da semiótica); em seguida pragmático, em decorrência do reconhecimento de um modo de enunciação que condiciona o valor de verdade de um programa; e, finalmente, pela definição dentro de um mundo, um modelo que explica o porquê das diferentes interpretações de gênero são um problema judicial, econômico e comunicacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARTHES, Roland. Mythologies. Paris: Seuil, 1957.

ECO, Umberto, Six promenades dans les bois du roman. Paris: Grasset, 1996.

ECO, Umberto. TV: la transparence perdue. La Guerre du faux. Paris: Livre de poche, [1983] 1991.

GENETTE, Gérard. Fiction et diction. Paris: Seuil. 1991.

HAMBURGER, Käte. Logique des genres littéraires. Paris: Seuil, 1986.

HENRIOT, Jacques. Sous couleurs de jouer: la métaphore ludique. Paris: Corti, 1989.

JOST, François. Un Monde à notre image: énonciation, cinéma, télévision. Paris: Méridiens Klincksieck, 1992.

JOST, François. Le Temps d’un regard. Paris-Montréal: Méridiens Klincksieck-Nuit Blanche, 1998a.

JOST, François. Quand y a-t-il énonciation télévisuelle? In: BOURDON, J. ; JOST, F. (Dir.). Penser la télévision: actes du colloque de Cerisy. Paris: Nathan, 1998b.

SCHAEFFER, Jean-Marie. Qu’est-ce qu’une genre littéraire? Paris: Seuil, 1989.

SPERBER, Dan; WILSON, Deirdre. La pertinence: communication et cognition. Paris: Mi-nuit, 1989.

Publicado

2015-12-16

Como Citar

Jost, F. “Qual O Melhor Paradigma Para Se Interpretar Os Gêneros Televisivos?”. Intexto, nº 34, dezembro de 2015, p. 28-45, doi:10.19132/1807-8583201534.28-45.