Por uma apologia da máscara
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201533.15-27Palavras-chave:
Máscara. Disfarce. Self. Pessoa. Identidade.Resumo
Este estudo objetiva, através de uma curta exegese das teorias sobre a máscara e sobre o processo de mascaramento, reavaliar a função do ato e da figura do disfarce e da máscara, reduzida hoje – quando não relegada a um papel de ferramenta de trabalho – a um mero instrumento, abstrato ou concreto, de falsificação ou fraude, concebido para ocultar a verdadeira identidade do usuário. A concepção da máscara como chave de acesso a uma realidade íntima do sujeito e como uma liberação do Eu dentro de canais estreitos anunciados por uma sociedade cada vez mais empenhada na formação de modelos pré- concebidos de identidade, pode ser entendida ao se analisar a importância psicológica da máscara, juntamente com estudos antropológicos que têm permitido a descoberta dos segredos e funções desta em sociedades antigas, assim como em contemporâneas. Esta viagem vai nos levar à porta do Self, no qual a máscara não esconde outra identidade, mas abre caminho para a produção da Persona, permitindo que o sujeito configure a si mesmo na competição diária da realidade, como expressão de se Estar-no-Mundo, para tornar possíveis a adaptação e a sobrevivência, garantindo liberdade de expressão sem se perder no anonimato de uma máscara da morte, “da qual o conformismo e modismos (ideológicos, culturais, sociais) são os guardiões secretos”.Downloads
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