Três é demais? Problematizando a estrutura em três atos no ensino de roteiro

Autores

  • Alfredo Oliveira Suppia Doutor; Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
  • Natasha Romanzoti Mestranda; Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201944.144-160

Palavras-chave:

Roteiro. Estrutura dramática. Cinema brasileiro. Curta-metragem.

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar a eficácia, amplitude e aplicabilidade do modelo da estrutura dramática em três atos, conhecido como o “paradigma”, termo cunhado por Syd Field. Pretendemos também problematizar o influente modelo da “jornada do herói”, de Christopher Vogler, em sua eventual combinatória com o “paradigma”. Para tal, examinaremos os seguintes curtas-metragens: Things that go bump in the night, O pão e o beco, Esconde-esconde, Fantasmas e Contagem. Conforme a análise desses filmes procura demonstrar, a aplicação universal do modelo dramático tripartite pode dar margem a problemas e questionamentos, sobretudo no âmbito do ensino da teoria e prática do roteiro baseado em casos aleatórios do cinema mundial.

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Biografia do Autor

Alfredo Oliveira Suppia, Doutor; Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Professor do Depto. de Cinema (Decine) e do Programa de Pós-graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Natasha Romanzoti, Mestranda; Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Paraná, especialista em roteiro de ficção audiovisual pelo Centro Universitário Senac e mestranda em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas, Natasha Romanzoti pesquisa a cultura do roteiro no cinema brasileiro dos anos 1950.

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Publicado

2019-01-01

Como Citar

Suppia, A. O., e N. Romanzoti. “Três é Demais? Problematizando a Estrutura Em Três Atos No Ensino De Roteiro”. Intexto, nº 44, janeiro de 2019, p. 144-60, doi:10.19132/1807-8583201944.144-160.

Edição

Seção

Artigos