"Com o celular é 24 horas no ar"

sobre relações de gênero e apropriação de tecnologias móveis em camadas populares

Autores

  • Sandra Rubia Silva Universidade Federal de Santa Maria

Palavras-chave:

Telefones Celulares. Relações de Gênero. Grupos Populares.

Resumo

A partir de uma abordagem etnográfica, analiso neste artigo as múltiplas apropriações dos telefones celulares em suas intersecções com as relações de gênero. Discuto como a tecnologia é apropriada para reafirmar laços amorosos, mas também torna-se foco de vigilância, tensões e conflitos. Nesse sentido, argumento que o telefone celular engendra micropolíticas do cotidiano nas quais homens e mulheres interagem em dinâmicas socioculturais que refletem hierarquias de gênero, mas que também as subvertem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Rubia Silva, Universidade Federal de Santa Maria

Mestre em Comunicação e Informação (UFRGS) e doutora em Antropologia Social (UFSC). Docente do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de Si:uma interpretação antropológica da masculinidade.Lisboa: Fim de Século, 1995.

CASTELLS, Manuel; FERNÁNDEZ-ARDÈVOL, Mireia; QIU, Jack Linchuan; SEY, Araba. Mobile Communication and Society: a global perspective. Cambridge: MIT Press, 2007.

DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2006.

ELLWOOD-CLAYTON, Bella. Unfaithful: reflections of enchantment, disenchantment... and the mobile phone. In: HÖFLICH, Joachim; HARTMANN, Maren (orgs.). Mobile Communication in Everyday Life: ethnographic views, observations and reflections. Berlim: Frank & Timme, 2006, p. 123 –144.

FONSECA, Claudia. Família, fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000.

FOUCAULT, Michel [1975]. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 35ª. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

HADDON, Leslie. Domestication and Mobile Telephony. In: KATZ, James (org.). Machines that Become Us:the social context of personal communication technology. New Brunswick, New Jersey, USA: Transaction Publishers, 2003, p. 43 –56.

HORST, Heather; MILLER, Daniel. The Cell Phone: an Anthropology of Communication.Oxford; Berg, 2006.

LEMISH, Dafna; COHEN, Akiba. On the gendered use of mobile phone culture in Israel. Sex Roles, 52 (7/8), abr. 2005, p. 511 –521. Disponível em . Acesso em: 20 jan. 2010.

LING, Rich. The Mobile Connection: the cell phone ́s impact on society. New York: Morgan Kaufman, 2004.

NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. Celulares: a emergência de um novo tipo de controle materno. Psicologia & Sociedade, 18(3), set/dez. 2006, p. 88-96. Disponível em: Acesso em: 20 jan. 2010.

PERTIERRA, Raul. Mobile phones, identity and discursive intimacy. Human Technology –an interdisciplinary Journal on Humans in ICT Environments,vol 1 (1), abr. 2005, p. 23 –44. Disponível em Acesso em: 20 jan. 2010.

SILVA, Sandra Rubia. Estar no tempo, estar no mundo: a vida social dos telefones celulares em um grupo popular. 442 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) –Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

TELECO. Estatísticas de Celulares no Brasil. Teleco: Informações em Telecomunicações, 2012. Disponível em: < http://www.teleco.com.br/ncel.asp> Acesso em: 20 mai. 2012.

VICÁRIA; Luciana; FERREIRA, Thaís. A nova era dos nômades digitais. Época, São Paulo, ano 12, ed. 528, nr. 528, jun. 2008, p. 114 –120.

Downloads

Publicado

2012-12-17

Como Citar

Silva, S. R. “‘Com O Celular é 24 Horas No ar’: Sobre relações De Gênero E apropriação De Tecnologias móveis Em Camadas Populares”. Intexto, nº 27, dezembro de 2012, p. 123-38, https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/31316.

Edição

Seção

Artigos