Multi Culturalismos: essencialismo e anti-essencialismo em Kymlicka, Young e Parekh

Autores

  • Luiz Augusto de Souza Carneiro de Campos Instituto de Estudos Sociais e Políticos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/15174522-018004212

Palavras-chave:

multiculturalismo, essencialismo, cultura, identidade, reconhecimento

Resumo

Tanto na academia quanto no debate público, o pensamento multiculturalista costuma ser acusado de congelar as afinidades dos grupos culturais minoritários, essencializando-os. Contudo, tal acusação é em geral direcionada ao multiculturalismo como se tal termo denotasse uma corrente de pensamento homogênea e uma. O objetivo deste texto é discutir a validade de tais acusações tomando como foco de análise as teorias de Will Kymlicka, Iris Marion Young e Bhikhu Parekh para, a partir disso, estabelecer em que em que medida elas de fato promovem a essencialização das minorias culturais. Argumenta-se que, embora esses autores de fato possam ser acusados de essencializar os vínculos culturais em determinados momentos de suas teorias, cada um deles o faz por conta de premissas e intenções teóricas muito distantes. Logo, o debate sobre o tema dificilmente avançará enquanto os críticos anti-essencialistas do multiculturalismo não atentarem para os diferentes tipos de essencialização envolvidas no pensamento multiculturalista.

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Biografia do Autor

Luiz Augusto de Souza Carneiro de Campos, Instituto de Estudos Sociais e Políticos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (2013), mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ (2009) e graduado em Ciência Política pela UnB (2007). É professor de Sociologia do IESP-UERJ, onde coordena, junto com o professor João Feres Júnior, o Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA). É também pesquisador associado do Grupo de Estudos Sobre Democracia e Desigualdades (Demode-UnB). Foi Professor Adjunto da Escola de Ciência Política e do Programa de Pós-graduação em Direito e Políticas Públicas da UNIRIO (2013-2014), Professor Temporário da UFRJ (2010) e da PUC-RJ (2010). Sob a coordenação do Professor Daniel Cefaï, realizou em 2011 estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Atua na interface entre Sociologia e Ciência Política, com pesquisas sobre sociologia política, relações raciais, ações afirmativas, ensino superior, mídia, esfera pública, teoria social e teoria política. Realiza atualmente pesquisas sobre a politização da questão racial no Brasil, negros e eleições, políticas de inclusão no ensino superior, discursos de autolegitimação da imprensa, multiculturalismo e estudos sobre análise de corpus linguísticos.

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Publicado

2016-08-19

Como Citar

CAMPOS, L. A. de S. C. de. Multi Culturalismos: essencialismo e anti-essencialismo em Kymlicka, Young e Parekh. Sociologias, [S. l.], v. 18, n. 42, 2016. DOI: 10.1590/15174522-018004212. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/55430. Acesso em: 28 mar. 2024.