Desafios para uma sociologia política brasileira: os elos entre movimentos e instituições
Palavras-chave:
Estudos institucionalista-estatais. Cultura política. Movimentos emergentes. Giro descolonial.Resumo
O texto visa debater sobre o lugar da sociologia política nas divisões institucionais das ciências sociais e questiona se a mesma se configura como uma área temática ou um recorte disciplinar. Discute sobre as dificuldades que a disciplina enfrenta face a especializações paradigmáticas: dos estudos institucionalista-estatais versus os centrados na cultura política, em especial, da sociedade civil. A seguir, trata do papel de alguns constrangimentos operacionais, metodológicos ou paradigmáticos na produção do conhecimento da sociologia política, como o da existência de uma língua franca para o campo científico e o legado da colonialidade no saber, a partir de centros acadêmicos hegemônicos. Por fim, avalia a relevância de uma abordagem temática para a sociologia política que fortalecesse o diálogo entre enfoques institucionalistas e da cultura-política, buscando aprofundar o conhecimento relativo aos dilemas, conflitos e confrontos entre sociedade civil, movimentos sociais e esfera estatal, no Brasil contemporâneo.
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