DOWNLOADS LEGAIS VERSUS ILEGAIS: COMO AUMENTAR A LEGALIDADE NO CONSUMO DE MÚSICA?

Autores

  • Bruno Canongia Baeta Alvim Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo, SP
  • Suzane Strehlau Universidade Nove de Julho – São Paulo, SP
  • Charles Kirschbaum Kirschbaum Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo, SP

Palavras-chave:

Propriedade intelectual, Pirataria, Indústria fonográfica, download, comportamento do consumidor.

Resumo

Um grande problema da indústria fonográfica é lidar com os consumidores que fazem download de músicas pela internet de modo considerado ilegal sem pagar direitos autorais. O objetivo deste artigo é explorar quais fatores levariam ao consumidor universitário a aumentar a legalidade dos seus downloads de música. Descarregar música da internet sem pagar direitos autorais é considerado um desrespeito à propriedade intelectual, fora do léxico jurídico a denominação usual para este tipo de ato é pirataria ou falsificação. Diversos artigos na literatura acadêmica tentam compreender melhor este consumidor (TOM et al, 1998; MATOS; ITUASSU, 2005; BAZANINI et al, 2006; COSTA; SANT’ANNA, 2008) todavia nenhum teve como objetivo pesquisar diretamente aspectos mercadológicos que poderiam ser melhorados pelas empresas gravadoras de músicas de modo a transformar o cliente de pirata em cliente “legal”. A abordagem deste trabalho acrescenta a experiência na internet com websites relacionados a usabilidade e marketing mix desenvolvida por Constantinides e Geurts (2005). A pesquisa tem caráter exploratório quantitativo e foi conduzida com estudantes em uma faculdade com alunos de alto poder aquisitivo. As questões foram elaboradas baseadas nos questionários de Constantinides e Geurts (2005) e Chiang e Chiang (2004) e adaptadas para o contexto brasileiro. A medida das atitudes e opiniões seguiu a abordagem monádica com uma escala de notação baseada na atração e repelência de um a sete pontos. (Évrard, Pras, & Roux, 2000, p. 256). Um modelo econométrico do tipo Probit utilizando E-Views 5 foi proposto com base nos 143 questionários preenchidos. A maior parte do consumo de música da amostra se realiza de modo ilegal e 39,86 % não admitem aumentar o consumo de downloads legais. O modelo Probit propôe que as respostas às características: Legalidade, Distribuição Inclusiva e Popularidade apresentam uma relação positiva, ou seja, quanto maior o valor dessas variáveis, maior a probabilidade que o universitário aumente o seu consumo de legal de música. Já as características Singularidade da Mercadoria - Venda de produtos musicais de mercados pequenos e especializados (música alternativa, ópera taiwanesa, etc.), Estabilidade do Sistema Operacional e Comunicação e Transmissão de Mensagens apresentam uma relação negativa, ou seja, quanto maior o valor dessas variáveis, menor a probabilidade do respondente modificar seu consumo de “piratas”. Assim sendo, existe uma relação negativa entre considerar essas características importantes e considerar a possibilidade de aumentar os downloads legais de música.

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Biografia do Autor

Bruno Canongia Baeta Alvim, Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo, SP

Suzane Strehlau, Universidade Nove de Julho – São Paulo, SP

Charles Kirschbaum Kirschbaum, Instituto de Ensino e Pesquisa – São Paulo, SP

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Publicado

2013-08-01

Como Citar

Canongia Baeta Alvim, B., Strehlau, S., & Kirschbaum, C. K. (2013). DOWNLOADS LEGAIS VERSUS ILEGAIS: COMO AUMENTAR A LEGALIDADE NO CONSUMO DE MÚSICA?. Revista Eletrônica De Administração, 19(2), 330–350. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/41231