REGIMES TECNOLÓGICOS E PADRÕES DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA BRASILEIRA
Palavras-chave:
Inovação tecnológica, economia de inovação, indústria alimentícia brasileira, regime tecnológico, padrões de inovaçãoResumo
Os trabalhos de Abramovitz (1956) e Solow (1957), que mostram o impacto da mudança tecnológica sobre o crescimento econômico, marcam o início de um grande interesse, no campo da economia, por determinantes de inovação, a nível de indústria e empresas. Assim sendo, este trabalho elaborou um modelo conceitual direcionado à identificação do relacionamento entre padrões de inovação e regimes tecnológicos. Ele baseia-se em informações coletadas através de um levantamento sobre inovação tecnológica, em uma amostra de 242 firmas alimentícias da indústria brasileira. O estudo identificou três clusters de empresas inovadoras, as quais exibem padrões similares de inovação. Sugerem-se duas conclusões gerais. Primeiro, o regime tecnológico, definido como o resultado de uma combinação particular de características tecnológicas amplas, incluindo bases de conhecimento, fontes e graus de oportunidades tecnológicas, condições de apropriabilidade e formas e graus de acumulação de avanços tecnológicos. Ele opera como uma fonte de homogeneidade, formando grupos de empresas inovadoras em termos de regularidades amplas em atividades de inovação. Em segundo lugar, uma vez que vários padrões de inovação podem ser percebidos na indústria alimentícia, esta não deve ser reduzida a uma única categoria analítica em termos de ambiente tecnológico. Em resumo, a principal implicação téorica dos resultados é que os regimes tecnológicos são específicos para cada empresa. Em outras palavras, os recursos e capacidades das empresas mediam a influência do regime tecnológico sobre os padrões de inovação. Por fim, o estudo confirma a existência de características na atividade inovadora das empresas que transcendem uma classificação industrial ou setorial.
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