CINEMA COMO ARTE OU ENTRETENIMENTO: UMA VISÃO DE SEUS REALIZADORES E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE SUAS PRODUTORAS

Autores

  • Giordano Schmitz Toldo UFRGS
  • Fernando Dias Lopes UFRGS

Palavras-chave:

cinema, arte, entretenimento, estrutura organizacional, incentivos públicos.

Resumo

Esse trabalho abrange uma visão crítica sobre cinema como peça artística ou mercadológica estabelecendo uma relação com as características estruturais das produtoras. A pesquisa objetiva entender as formas como as empresas de cinema do Rio Grande do Sul se estruturam procurando uma correspondência com o tipo de cinema produzido. Para caracterizar as estruturas organizacionais foram utilizadas as definições de Richard Hall e Henry Mintzberg, sobre tipos de estruturas. O arcabouço teórico para compreender a visão dos realizadores sobre cinema foi construído com base em autores como Ricciotto Canudo, Jaques Aumont, Jean-Claude Bernadet, entre outros. As empresas estudadas foram: Avante Filmes, Gus Gus Cinema, Millimetros, Otto Desenhos, Tokyo Filmes, Panda Filmes, Prana Filmes, TGD.

A partir de entrevistas realizadas com as produtoras, dois conceitos de Mintzberg (1994) foram determinantes para as definições de estrutura: a Adhocracia e a Burocracia Profissional. Como resultado, percebeu-se que as empresas Avante Filmes, Gus Gus Cinema, Millimetros, Tokyo Filmes e Prana Filmes se encaixaram na categoria adhocrática e foram elas que apresentaram uma inclinação para o cinema de arte, reflexivo e de maior preocupação estética. Na Burocracia Profissional, há as produtoras Otto Desenhos, Panda Filmes e TGD, cujas produções cinematográficas se relacionam com questões primordialmente mercadológicas. O reconhecimento das diferenças estruturais e ideológicas permite que se avance nas políticas de desenvolvimento do cinema no estado e no país. Desenvolvimento ainda enraizado em políticas públicas de incentivo, fomento e apoio que procura ser democrático na distribuição de seus prêmios.  Novas medidas governamentais de apoio ao audiovisual já correlacionam a distribuição do incentivo conforme a visão sobre cinema dos realizadores.  Questões estruturais também servem de critérios para a criação dos incentivos. Conhecer as produtoras, como elas se estruturam e como elas idealizam suas produções, torna-se mais do que uma questão acadêmica, alcança os ramos da economia e da política.

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Biografia do Autor

Giordano Schmitz Toldo, UFRGS

Formado em Produção Audiovisual/PUCRS, atualmente mestrando em Artes Visuais pelo PPGAV-UFRGS. ex-bolsista PIBIC em Administração de Empresas/UFRGS na área de Estudos Organizacionais.

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Publicado

2017-08-07

Como Citar

Toldo, G. S., & Lopes, F. D. (2017). CINEMA COMO ARTE OU ENTRETENIMENTO: UMA VISÃO DE SEUS REALIZADORES E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE SUAS PRODUTORAS. Revista Eletrônica De Administração, 23(2), 167–190. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/60848