DIMENSÃO E HORIZONTE DE INVESTIMENTO EM CARTEIRAS IMUNIZADAS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DAS ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Palavras-chave:
risco de taxa de juros, duração, imunização, índice de renda fixa, entidade de previdência complementarResumo
O termo imunização denota a construção de uma carteira de títulos de forma a torná-la imune a variações nas taxas de juros. No caso das entidades de previdência complementar, o objetivo da imunização é distribuir os recebimentos intermediários e finais dos ativos de acordo com o fluxo de pagamentos dos benefícios. Em geral, quanto maior a classe de alterações na estrutura a termo das taxas de juros, mais restritivo se torna o modelo. O artigo busca comparar o desempenho de modelos de gestão de risco de taxa de juros que, baseados em alternativas distintas de programação matemática, objetivam garantir o pagamento do fluxo futuro de benefícios. Embora exista uma vasta literatura sobre o aspecto estatístico e sobre o significado econômico dos modelos de imunização, o artigo inova ao prover uma análise detalhada do desempenho comparado dos modelos, sob três perspectivas complementares: o método escolhido, a dimensionalidade e, ainda, o horizonte de investimento. A análise permite concluir que os modelos de imunização tradicional, quando examinados sob a ótica conjunta da redução do risco, das restrições impostas à formatação da carteira e dos custos de transação associados, são mais eficientes, no médio e longo prazo, que os modelos multidimensionais de gestão do risco de taxa de juros, os quais se mostram superiores apenas na gestão restrita ao curto prazo.
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