ESTRATÉGIA ALTERNATIVA PARA A CRISE NA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA: O ESTABELECIMENTO DE UMA FORÇA AFRICANA PERMANENTE DE PAZ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2448-3923.86789

Palavras-chave:

Força Africana Permanente de Paz, União Africana, Nações Unidas, MINUSCA.

Resumo

Em 2013, após o golpe liderado pelo Séléka, que são grupos rebeldes muçulmanos, as milícias cristãs, também conhecidas como anti-Balaka, decidiram retaliar. Esta disputa violenta deteriorou as condições já pobres na República Centro-Africana (RCA). Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha estabelecido uma missão multidimensional de manutenção da paz na RCA, a MINUSCA não foi eficaz para conter o conflito e evitar uma crise humanitária. Assim, este artigo examina um novo conceito para a estruturação de forças de manutenção da paz na África, particularmente na República Centro-Africana, que é o estabelecimento de uma força africana permanente de manutenção da paz. Após uma pesquisa bibliográfica e uma entrevista com um observador militar brasileiro, que trabalhou na RCA, foi possível verificar que os contingentes militares nacionais que integram a MINUSCA enfrentam graves problemas, como baixo nível de treinamento de tropas, salários atrasados, parcialidade e até mesmo a violação dos direitos humanos da população civil, minando a credibilidade da ONU no país. A fim de melhorar a eficácia da força militar na RCA, uma força africana permanente de manutenção da paz, como um ramo da União Africana (UA) e sob o controle da MINUSCA, parece ter mais chances de ter sucesso, já que esta tropa seria mais imparcial, melhor remunerado e especificamente treinado para as operações de paz.

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Biografia do Autor

Josias Marcos de Resende Silva, Universidade Militar Americana

Universidade Militar Americana, Charles Town, EUA.

Publicado

2019-03-21

Como Citar

Silva, J. M. de R. (2019). ESTRATÉGIA ALTERNATIVA PARA A CRISE NA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA: O ESTABELECIMENTO DE UMA FORÇA AFRICANA PERMANENTE DE PAZ. Revista Brasileira De Estudos Africanos, 3(6). https://doi.org/10.22456/2448-3923.86789