Do Oríkì à Elinga:

princípios negrobrasileiros de atuação e encenação

Autores

Palavras-chave:

Dramaturgia, Colonialidade, Corporeidades, Oríkì, Cosmopercepções Afro-Indígenas

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar reflexões que buscam uma sistematização de princípios negro-brasileiros de atuação cênica e encenação. Os estudos apresentados visam demonstrar a necessidade de pensamentos teóricopráticos nas artes da cena direcionados para uma perspectiva anticolonial, em oposição a uma visão hegemônica eurorreferenciada. Problematiza-se o conceito de dramaturgia como parte de um dispositivo colonial de controle das subjetividades. Os argumentos suleadores deste texto foram sistematizados a partir de estudos teóricos e de experimentos cênicos contra-hegemônicos investigados em oficinas, cursos e aulas nos quais foram desenvolvidos processos criativos que não separam as linguagens: dança, teatro e performance.

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Biografia do Autor

Lau Pereira dos Santos, UFBA - Universidade Federal da Bahia

Professor, artista-pesquisador, com interesse em produções artísticas que dialogam com as práticas performativas de matriz africana e afro-indígenas e manifestações populares no campos da Dança, Teatro, Circo, Audiovisual e Literatura, com participação em festivais nacionais e internacionais. Estágio de Pós-Doutorado em Dança (PPGDança-UFBA, com bolsa PNPD/CAPES). Doutor e Mestre em Teatro pela UDESC (PPGT). Fez especialização em teatro no Conservatório Nacional Superior de Artes Dramáticas de Paris (CNSAD).

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Publicado

2022-10-27

Como Citar

dos Santos, L. P. (2022). Do Oríkì à Elinga:: princípios negrobrasileiros de atuação e encenação. Revista Brasileira De Estudos Da Presença, 12(4), 1–24. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/presenca/article/view/121971

Edição

Seção

Poéticas negras na cena contemporânea