Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 3 n. 2 (2021)

As consequências do niilismo sobre Kiríllov, Stavróguin e o Adivinho | The Consequences of Nihilism over Kirillov, Stavroguinand the Soothsayer

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.116130
Enviado
June 21, 2021
Publicado
2021-12-08

Resumo

O objetivo deste trabalho é comparar as consequências que o fenômeno do niilismo tem sobre algumas personagens das obras de Nietzsche e Dostoiévski. Tentaremos mostrar que Kiríllov e Stavróguin, personagens de Os Demônios, e o Adivinho, deAssim falou Zaratustra,padecem de um certo distúrbio paradoxal de personalidade. Qual seja, para Nietzsche, a desagregação dos instintos ou, em termos dostoiévskianos, a consciência cindida.

Palavras-chave: Niilismo; Kiríllov e Stavróguin; Adivinho; Dostoiévski; Nietzsche.

 

Abstract

This paper’s goal is to compare the consequences that the phenomenon of nihilism has over certain characters of Dostoevsky’s and Nietzsche’s work. We shall demonstrate that Kirillov and Stavróguin, from Demons, and the Soothsayer, from Thus Spoke Zarathustra, suffer from a certain paradoxical disturb of personality. That is, for Nietzsche, the breakdown of instincts or, in Dostoevskian terms, the divided conscience.

Keywords:Nihilism; Death of God; Values; Kirillov; Soothsayer.

 

ORCID

https://orcid.org/0000-0002-1926-1716

https://orcid.org/0000-0001-7857-247X

https://orcid.org/0000-0003-3690-6288

Referências

  1. ARALDI, Clademir Luís. Os extremos do niilismo europeu. Estudos Nietzsche, 2012, p. 169-182.
  2. ARALDI, Clademir Luís. Para uma caracterização do niilismo na obra tardia de Nietzsche. Cadernos Nietzsche,v.5, São Paulo, 1998, p. 75-94.
  3. BOURGET, Paul. Essais de PsychologieContemporaine – Tome I. Paris: Librairie Plon, 1920.
  4. CONSTANTINIDÈS, Yannis. O niilismo extático como instrumento da Grande política. Cadernos Nietzsche, v.22, São Paulo, 2007, p. 127-151.
  5. CORDEIRO, R. C. Nietzsche e a lógica do ateísmo em Os Demônios de Dostoiévski. In: CARVALHO, M.; FIGUEIREDO, V. (Eds.). Filosofia contemporânea: Arte, Ciências Humanas, Educação e Religião. São Paulo: ANPOF, 2013. p. 475-490. Disponível em: https://www.academia.edu/27166752/Nietzsche_e_a_logica_do_ateismo_em_Os_Demonios_de_Dostoievski. Acesso em: 3 out. 2021.
  6. DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Tradução: Ruth Joffily Dias e Edmundo Fernandes Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.
  7. DESMOND, J. F. Fyodor Dostoevsky, Walker Percy and the Age of Suicide. Washington, D. C.: The Catholic University of America Press, 2019.
  8. DOSTOYEVSKY, F. A Writer’s Diary (1873-1876). Translate and annotated: Kenneth Lantz, introductory study Gary Saul Morson. Evanston, Ill.: Northwestern University Press, 1993.
  9. DOSTOIÉVSKI, F. Crime e castigo. Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2010.
  10. DOSTOIÉVSKI, F. Diário de um escritor. Tradução: Jacy Monteiro. Rio de Janeiro: Editora Livraria Exposição do Livro, 1968.
  11. DOSTOIÉVSKI, F. Os Demônios. Tradução: Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
  12. DOSTOIÉVSKI, F. Os irmãos Karamázov. Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2012.
  13. FRANK, J. Dostoevsky: The Miraculous Years, 1865-1871. Princeton: Princeton University Press, 1995.
  14. HEIDEGGER, Martin. A sentença nietzschiana “Deus está morto”. Natureza Humana v.5, n.2, 2003, p. 471-526.
  15. JULIÃO, José Nicolao. A presença de Schopenhauer em Assim falou Zaratustra: a propósito de uma carta. Revista Voluntas, v. 5, 2014, p. 14-40.
  16. MARTON, Scarlett. Extravagâncias: Ensaios sobre a filosofia de Nietzsche. São Paulo: Discurso Editorial; Editora Barcarolla, 2009.
  17. MÜLLER-LAUTER, Wolfgang. Nietzsche: sua filosofia dos antagonismos e os antagonismos de sua filosofia. São Paulo: Editora UNIFESP, 2009.
  18. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A Gaia Ciência. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
  19. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
  20. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Assim falou Zaratustra. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
  21. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos Ídolos – ou como se filosofa com o martelo. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
  22. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Fragmentos póstumos III: 1882-1885. Traducción, introducción, notas y apêndices: Diego Sanchez Meca y JesúsConill. Madrid: Editorial Tecnos, 2010.
  23. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Fragmentos póstumos IV: 1885-1889. Traducción, introducción, notas y apêndices: Juan LuisVermal y Joan B. Llinares. Madrid: Editorial Tecnos, 2008.
  24. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Genealogia da Moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
  25. GIACOIA, Oswaldo. O incômodo. Verve, v. 6, 2004, p. 11-22.
  26. SOMMER, Andreas Urs. Nietzsche, Wagner e a decadência. Cadernos Nietzsche, v. 38, n.1, São Paulo, 2017, p. 11-25.
  27. SOMMER, Andreas Urs. O que Nietzsche leu e o que não leu. Cadernos Nietzsche, v. 40, n. 1, São Paulo, 2019, p. 9-43.
  28. TURGUÊNIEV, Ivan. Pais e filhos. Tradução: Rubens Figueiredo. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
  29. VOLPI, Franco. O niilismo. Tradução: Aldo Vannucchi. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2012.
  30. WU, Roberto. Política e niilismo na obra de Dostoiévski. Raízes Jurídicas, v. 4, n. 1, Curitiba, 2008, p. 331-352.

Downloads

Não há dados estatísticos.