A partir de uma análise comparativa entre a obra consagrada Frankenstein, de Mary Shelley, e a trilogia contemporânea Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, este trabalho pretende assinalar a visão pessimista quanto ao progresso tecnológico e científico que ambas compartilham. Apoiamo-nos na teoria de Walter Benjamin e Hannah Arendt, pensadores que escreveram sobre a mesma visão pessimista. Ademais, nossa pesquisa investiga as faces da monstruosidade na trilogia Jogos Vorazes em contraste com a criatura gerada por Frankenstein, categorizada como monstro clássico. Por fim, assinalamos a provável inclinação das mensagens finais para um pessimismo quanto ao progresso científico e tecnológico. Nosso objetivo é o de mostrar como essas histórias, separadas por quase duzentos anos, convergem para o mesmo questionamento sobre o futuro.