O objetivo deste estudo é apresentar as literaturas de si enquanto formas de apreensão dos procedimentos que regulam o desenvolvimento do sujeito. Parte-se do pressuposto de que a própria narrativa de si emerge de um poder linguístico anterior que a condiciona, mas que simultaneamente a faz recriar-se. A ideia principal a ser exposta é a de que ao me narrar, me construo, ainda que dentro de normas sociais pré-estabelecidas. É justamente ao me narrar que me crio e me constituo enquanto sujeito. Nesse sentido, as literaturas de si podem ser consideradas suportes de análise para as teorias de sujeição.
Palavras-chave: Literaturas de si. Construção do sujeito. Teorias de sujeição.