Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 3 n. 2 (2021)

A palavra muda de Rancière através de um diálogo entre Flaubert e Ibsen | Rancière's mute speech through a dialogue between Flaubert and Ibsen

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.117412
Enviado
August 3, 2021
Publicado
2021-12-08

Resumo

A palavra muda é um conceito importante na compreensão da literatura estética por propor modos específicos de trato com a letra e com as contradições decorrentes da quebra com os pressupostos representativos. Por isso, este trabalho tem como objetivo investigar a reflexão que Rancière propõe sobrea obra de Gustave Flaubert em diálogo com o teatro. Visto que a palavra muda enlaça formas de expressão que encontram, na arte, um lugar (mesmo que impermanente), esta abordagempode ajudar a vislumbrar caminhos para o pensamento de outros modos do fazer artístico e o trânsito entre eles. Por fim, buscou-seconectar o teatro de Henrik Ibsene o gesto estético de Flaubert mediante a relação entre Bouvard e Pécuchet e O pato selvagem.

Palavras-chave: Palavra muda. Rancière. Flaubert. Ibsen.

 

Abstract

Mute speech is a key-concept on the reflection about the aesthetic literature by proposing specific ways of writing practices andtheir consequent contradictions, resulting from the rupture with the representative presuppositions.Therefore, this work aims to investigate Rancière's reflection on Gustave Flaubert's work in dialogue with theatre. Since the mute speechentwines forms of expression that find, in the art of writing, an important place (albeit an impermanent one), this approach can help to find out paths for thinking about other ways of artistic making, as well as moving between them. Finally, an attempt was made to connect Henrik Ibsen's theater and Flaubert's aesthetic gesture through the relationship between Bouvard and Pécuchet and The Wild Duck.

Keywords: Mute speech. Rancière. Flaubert. Ibsen.

 

ORCID

http://orcid.org/0000-0002-1149-3707

Referências

  1. ASPE, Bernard. A revolução sensível. Aisthe, v. 7, n. 11, 2013, p. 61-88
  2. D’ABREU, Rochelle Cysne Frota. Amor Intelectual a Deus em Espinosa. Revista Conatus, v. 1, n. 2, 2007, p. 69-82.
  3. EMPIRICO, SEXTO. Hipotiposes Pirrônicas (Livro I). O que nos faz pensar?, v. 9, n. 12, 1997, p. 115-122.
  4. FLAUBERT, Gustave. Bouvard e Pécuchet. Lisboa: Edições Cotovia, 2015.
  5. IBSEN, Henrik. O pato selvagem. Disponível em: https://vdocuments.mx/o-pato-selvagem-ibsen.html. Acesso: 03/08/2021. [1884]
  6. LAAN, Thomas F. Van. “The Novelty of The Wild Duck: The Author's Absence”, Journal of Dramatic Theory and Criticism, v. 1, n. 1,1986, p. 17-33.
  7. RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005.
  8. RANCIÈRE, Jacques. Les deux formes de la parole muette. L’inconscient esthétique. Paris: Éditions Galilée , 2001. p. 33-42.
  9. RANCIÈRE, Jacques. Mute speech: literature, critical theory, and politics. Nova Iorque: Columbia University Press, 2011.
  10. RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento. São Paulo: Editora 34, 1996.
  11. RANCIÈRE, Jacques. O efeito de realidade e a política da ficção. Novos Estudos, n. 86, 2010, p. 75-90.
  12. RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
  13. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Friedrich Schlegel e Novalis: Poesia e Filosofia
  14. Revista Terceira Margem, v. 10, n. 15, 2006, p. 95-111.

Downloads

Não há dados estatísticos.