Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 2 n. 2 (2020)

O corpo é a camuflagem: construções ficcionais de si na produção artística de mulheres nos anos 1970

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.104596
Enviado
June 21, 2020
Publicado
2020-11-10

Resumo

A crítica feminista elaborou a questão da representação na arte de diferentes maneiras. Nessa perspectiva crítica, um dos problemas são as imagens das mulheres feitas por um olhar masculino ao longo das narrativas tradicionais da história da arte. Respondendo a esse problema, algumas artistas realizaram ações para as câmeras de vídeo e fotografia. Nestas imagens, elas utilizaram o próprio corpo para demonstrar as construções ficcionais dos gêneros. Nesse artigo, analiso esses trabalhos pelas seguintes leituras: a crítica aos rituais de feminilidade, o feminino monstruoso e a identidade como categoria múltipla, tendo como marco teórico as contribuições de Janet Wolff e Jayne Wark. Também me apoio no discurso das artistas sobre seus métodos de trabalho, a partir de entrevistas inéditas. 

Palavras-chave: Representação. Corpo. Crítica feminista. Vídeo. Fotografia.

 

Abstract

Feminist criticism raised the issue of representation in art in different ways. In this critical perspective, one of the problems is the images of women made by the male gaze throughout the traditional narratives of art history. Responding to this problem, some artists performed actions for video and photography. In these images, they used their own bodies to demonstrate the fictional constructions of gender. In this article, I analyze these works through the following readings: the criticism of femininity rituals, the monstrous feminine and identity as a multiple category, having as a theoretical framework the contributions of Janet Wolff and Jayne Wark. I also rely on the artists' discourse about their work methods, based on unpublished interviews.

Keywords: Representation. Body. Feminist criticism. Video. Photography.

Referências

  1. ARCHER, Michel. Arte Contemporânea. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
  2. ARBOUR, Rose-Marie. L’art des femmes a-t-il une histoire? Revue Intervention, Quebec, n. 7, p. 3-5, 1980.
  3. FAJARDO-HILL, Cecilia; GIUNTA, Andrea. Mulheres radicais: arte latino-americana 1960-1985. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2018.
  4. HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009, p. 33-118.
  5. HARAWAY, Donna. Saberes Localizados. Cadernos Pagu, Núcleo de Estudos de Gênero da UNICAMP, Campinas, n. 5, p. 7-41, 1995.
  6. JAREMTCHUK, Dária. Anna Bella Geiger: passagens conceituais. Belo Horizonte: Edusp, 2007.
  7. LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e Impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
  8. MATESCO, Viviane. Corpo, imagem, representação. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
  9. RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escritas de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora UNICAMP, 2013.
  10. TRIZOLI, Talita. Trajetórias de Regina Vater: por uma crítica feminista da arte brasileira. 2011. 288p. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa Interunidades de Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
  11. WARK, Jayne. Radical Gestures: Feminism and Performance Art in North America, 1970 to 2000. Quebec: McGill-Queen’s University Press, 2009.
  12. WOLFF, Janet. Recuperando a corporalidade: feminismo e política do corpo. In: MACEDO, Ana Gabriela; FRANCESCA, Rayner. Gênero, Cultura Visual e Performance: Antologia Crítica. Vila Nova de Famalicão: Edições Húmus, 2011, p. 101-120.

Downloads

Não há dados estatísticos.