Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 3 n. 2 (2021)

Criação artística e metáforas bíblicas: uma relação de experiência | Artistic creation and biblical metaphors: a relationship of experience

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.114517
Enviado
June 8, 2021
Publicado
2021-12-08

Resumo

Neste artigo, evidenciamos que, para que possamos pensar as metáforas como um campo de experiências para a criação artística e, com isso, possamos usá-las como possibilidade aberta de repensar o mundo em que vivemos, é necessário destacá-las como lugar de experiência; para que isso aconteça, nosso objetivo aqui é indicá-las como uma disposição da compreensão. Procuramos, com isso, convocar o potencial da disposição para que nunca deixemos de empreender uma intensa e inesperada experiência nova, pois, quando as palavras se abrem para novas possibilidades, ao acessá-las pela via da compreensão e experiência, podemos ressignificar o mundo em que vivemos e, sobretudo, a nós mesmos. Alijamos essa compreensão a partir de alguns autores, especialmente Paul Ricoeur, Aristóteles e Friedrich Nietzsche, pois a partir deles,somos capazes de realizar o diálogo com as metáforas bíblicas, como um tipo mais específico de experiência, aproximando a experiência religiosa e o pensamento, no que se refere à criação artística.

Palavras-chave: Metáforas bíblicas. Experiência estética. Diálogo. Lugar.

 

Abstract

In this article, we show that, so that we can think of metaphors as a field of experiences for artistic creation and, therefore, also as an open possibility of rethinking the world we live in, it is necessary to highlight them as a place of experience, and for this happen, our aim here is to indicate them as a disposition of understanding. With this, we seek to summon the potential of disposition so that we never stop undertaking an intense and unexpected new experience, because, when words open up to more possibilities, by accessing them through understanding and experience, we can reframe the world in which we live and, above all, ourselves. We jettisoned this understanding from some authors, especially Paul Ricoeur, Aristotle and Friedrich Nietzsche, because from them, we are able to carry out a dialogue with biblical metaphors, as a more specific type of experience, bringing together religious experience and thought in the which refers to artistic creation.

Keywords: Biblical metaphors. Aesthetic experience. Dialogue. Place.

 

ORCID

http://orcid.org/0000-0002-1770-6021

 

Referências

  1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 1026 p. Disponível em: https://ead2.iff.edu.br/pluginfile.php/160169/mod_resource/content/1/Dicion%C3%A1rio%20de%20Filosofia%20-%20Nicola%20Abbagnano.pdf. Acesso em: 25 ago. 2020.
  2. AGUIAR, Marcos Sávio Santos. Derrida: a libertação da metáfora dos domínios da metafísica. Universidade Federal de Sergipe (UFS). Prometeus, ano 10, n. 24. Set./dez., 2017. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/7187. Acesso em: 25 ago. 2020.
  3. ALMEIDA, Monika Nascimento. O Papel da Metáfora: “A Vida É Uma Viagem” em Textos Literários. Revista Porto das Letras. Minas Gerais, v. 3, n. 2, 23 set. 2017. p. 218-236. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/download/3582/12658/. Acesso em: 2 out. 2020.
  4. ARISTOTLE.The “Art” of Rhetoric. Englis Translation by J. H. Freese. Massachusetts, USA: Harvard University, 1926.
  5. ARISTÓTELES. Poética. [Tradução de Ana Maria Valente]. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.
  6. CARDOSO, Marco Antônio. O papel da metáfora no discurso filosófico. 2016. 101 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Educação. Departamento de Filosofia, Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2016. Disponível em: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/2749. Acesso em: 19 set. 2020.
  7. FRYE, Northrop. O Código dos códigos: a Bíblia e a literatura. São Paulo: Boitempo, 2004. 293 p. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1N5uX6MmJjB37JuXa8dz6sLfof82SgzWe/view?fbclid=IwAR1EtbcRXLa5NzQPWQQ3nE_aIRaL8I7t56u9B66uyzmMFoAcX2Flv4Kq5xk. Acesso em: 2 out. 2020.
  8. KUNZ, Claiton André. Ações parabólicas: uma análise do ensino de Jesus através de suas ações. 2006. 111 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestre em Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia, Escola Superior de Teologia. São Leopoldo, 2006. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp001028.pdf. Acesso em: 6 out. 2020.
  9. LIMA, Aldo de. A metáfora: da analogia à técnica de fusão de opostos. Revista Investigações. Pernambuco, UFPE, Pernambuco, v. 18, n. 1, 2015.
  10. MONTEIRO, Átila Brandão. A Verdade como Dissimulação em Nietzsche: elementos para uma crítica da concepção essencialista de linguagem. Existência e Arte. Revista Eletrônica do Grupo PET. São João Del-Rei, v. 7, n. 8, nov. 2012. p. 36-45. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/existenciaearte/A_Verdade_como_Dissimulacao_em_Nietzsche.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
  11. NIETZSCHE, Friedrich W. Sobre verdades e mentiras no sentido extra-moral (Obras incompletas). [Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho]. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
  12. OLIVEIRA, R. Hermenêutica e Literatura: a metáfora em Paul Ricoeur como princípio de interpretação da poética em “O Guesa”, de Sousândrade. Revista Desenredo, v. 14, n. 1, 30 mai. 2018. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rd/article/view/6815/4842. Acesso em: 26 ago. 2020.
  13. OLIVEIRA, Rita de Cássia. Metáfora e discurso filosófico. Ekstasis. Revista de Hermenêutica e Fenomenologia. [S.L.], v. 7, n. 2, 14 jun. 2019. p. 143-154. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2018.38207. Acesso em: 19 set. 2020.
  14. PINTO, Aline Magalhães. As Sagradas Escrituras: imaginação e acontecimento - um comentário sobre a hermenêutica bíblica de Paul Ricoeur. Mneme. Revista de Humanidades. Campos do Caicó, v. 12, n. 29, 29 nov. 2011. p. 208-219. Semestral. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/982/959. Acesso em: 31 ago. 2020.
  15. RANCIÈRE, Jacques. A Partilha do Sensível: estética e política. 2. ed. São Paulo: Edição 34, 2005. 72 p. Mônica Costa Netto. Disponível em: https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2015/05/ranciere-a-partilha-do-sensivel1.pdf. Acesso em: 8 out. 2020.
  16. RICOEUR, Paul. A Metáfora viva. 2. ed. São Paulo: Edições Layola, 2000. 504 p. Disponível em: https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2011/08/a-metc3a1fora-viva.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
  17. SAMPAIO, Wany Bernardete; LAMARÃO, Joeliza Bezerra. Metáfora ontológica: a personificação na narrativa mítica e nos processos de formação de palavras Tupí. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, v. 7, n. 1, 2015. p. 113-133. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/ling/article/view/16292/14580. Acesso em: 25 ago. 2020.
  18. SOUZA, Vitor Chaves de. A Metáfora no Nome de Deus: leituras em Paul Tillich e Paul Ricoeur. Revista Eletrônica Correlatio. São Paulo, v. 13, n. 25, 25 jun. 2014. p. 117-129. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/COR/article/view/5028. Acesso em: 2 out. 2020.
  19. ZOURABICHVILI, François. Deleuze e a questão da literalidade. Educ. Soc. Campinas, v. 26, n. 93, 2005. p. 1309-1321. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000400012&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 ago. 2020. Dói: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000400012.

Downloads

Não há dados estatísticos.