Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Dossiê Temático

v. 3 n. 2 (2021)

Quando Hayden White encontra Sebald: Austerlitz entre o fardo da história e o passado prático | When Hayden White meets Sebald: Austerlitz between the burden of history and the practical past

DOI
https://doi.org/10.22456/2596-0911.118798
Enviado
September 27, 2021
Publicado
2021-12-08

Resumo

O objetivo deste ensaio é promover um encontro entre as ideias sobre a história de Hayden White e os caminhos históricos e traumáticos traçados por Sebald em Austerlitz. Neste sentido, partimos do pressuposto de que o personagem homônimo ao título do livro do escritor alemão funciona como um pêndulo entre o fardo da história e o passado prático, não coincidentemente, dois dos principais textos do historiador norte-americano. Para que possamos chegar minimamente a esse objetivo, abordaremos Austerlitz enquanto uma saga em busca de uma estética da representação do passado e de uma ética do conhecimento histórico, colocando como pano de fundo central em nosso texto os debates teóricos e metodológicos oferecidos pela obra de White.

Palavras-chave: Hayden White. Sebald. Austerlitz. Fardo da história. Passado Prático

 

Abstract

The purpose of this essay is to promote a meeting between the ideas about Hayden White's history and the historical and traumatic paths traced by Sebald in Austerlitz. In this sense, we assume that the homonymous character to the title of the German writer's book works as a pendulum between the burden of history and the practical past, not coincidentally, two of the main texts of the American historian. So that we can minimally reach this goal, we will approach Austerlitz as a saga in search of an aesthetics of the representation of the past and an ethics of historical knowledge, placing as a central backdrop in our text the theoretical and methodological debates offered by White's work.

Keywords: Hayden White. Sebald. Austerlitz. Burden of History. Pratical Past.

Referências

  1. CHARBEL, Felipe. Uma filosofia inquietante da história: sobre Austerlitz, de W. G. Sebald. Ouro Preto: História da Historiografia, 2015, p. 124-141.
  2. ESHEL, Emir. Against the power of time: the poetics of suspension in W. G. Sebald’s Austerlitz. New German Critique, 2013, p. 71-96.
  3. HUTCHEON, Linda. Metaficção historiográfica: “o passatempo do tempo passado”. In: HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Trad. Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago Ed, 1991.
  4. JABLONKA, Ivan. O terceiro continente. Trad. Alexandre de Sá Avelar. Uberlândia: ArtCultura, 2017, p. 9-17.
  5. LORENZ, Chris. É preciso três para dançar um tango: estabelecendo uma linha entre os passados prático e histórico. In: BENTIVOGLI, Julio; TOZZI, Verónica (org.). Do passado histórico ao passado prático: 40 anos de Meta-história. Espírito Santo: Milfontes, 2017.
  6. NIETZSCHE, Friedrich. Segunda Consideração Intempestiva: da utilidade e desvantagem da história para a vida. Trad. Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Relumé Dumará, 2003.
  7. PRESNER, Todd. “What a Synoptic and Artificial View Reveals”: Extreme History and the Modernism of W. G. Sebald’s Realism. Detroit: State University Press, 2016, p. 341-360.
  8. SEBALD, Winfried Georg Maximilian. Austerlitz. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
  9. SEBALD, Winfried Georg Maximilian. Guerra aérea e literatura: com um ensaio sobre Alfred Andersch. Trad. Carlos Abbenseth e Frederico Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
  10. WHITE, Hayden. O Fardo da História. In: WHITE, Hayden. Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. Trad. Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.
  11. WHITE, Hayden. The Modernist Event. In: WHITE, Hayden. Figural Realism: Studies in the Mimesis Effect. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1999.
  12. WHITE, Hayden. The Pratical Past. Evanston: Northwestern University Press, 2014.

Downloads

Não há dados estatísticos.