Graduado em Letras - Português e Literatura - pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Mestre em Letras - Literaturas Portuguesa, Brasileira e Africanas de Língua Portuguesa - pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007), Especialista em Educação Especial e Processos Inclusivos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialista em Educação para Surdos pela Universidade Luterana do Brasil, Especialista em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Castelo Branco. Professor das redes municipais de educação de Viamão e Alvorada desde 2003. Atualmente é professor na EMEF Presidente Getúlio Vargas.
Este estudo visa a analisar o papel da música na obra Dona Flor e seus dois maridos, de Jorge Amado. Evidenciada por referências de acompanhamento nos títulos dos capítulos, citações de músicas e cantores reais inseridos como personagens, assim como em vários momentos importantes na obra, a música desenvolve uma relação dialética, representada principalmente por Vadinho e Teodoro. A partir desses dois personagens, dois mundos se opõem: o popular, da malandragem, do amor sensual, e o erudito, da seriedade, do amor compromissado e respeitador. Em meio a esse cenário, tem-se a figura de Flor, sempre obrigada a escolher entre um ou outro, entre seus dois maridos, seus caráteres tão opostos e também seus tipos de música, que tanto os caracterizam.
Palavras-chave: Literatura Brasileira. Jorge Amado. Relação Literatura/Música.
Referências
AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos:história moral e de amor. São Paulo: Marfins, 1966.
AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos: história moral e de amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
DAMATTA, Roberto. A Casa e a Rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997a.
DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis — para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997b.
DAMATTA, Roberto. A mulher que escolheu não escolher. In: AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos: história moral e de amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.