De Eisenstein a Bressane: genealogias de um gesto experimental
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.104546Palavras-chave:
Ator, Cinema, Experimental, Mutilação ocularResumo
O trabalho do ator ocupa o centro de preocupações expressivas que são o front de pesquisas dentro do que se convencionou chamar de cinema experimental. Inúmeros realizadores e atores utilizaram uma vasta paleta de processos figurativos para expressar uma preocupação que perpassa quase toda a história do cinema experimental: o ato da visão pelo dispositivo cinematográfico e pela visão humana (personagem/ espectador). Este artigo descreve como atores e realizadores promoveram essa investigação figurativa sobre o motivo da mutilação ocular e suas variantes (enucleação, hemolacria, interferências sobre a película e cirurgias oftalmológicas) em filmes fora do enquadre teórico dos cinemas clássicos.Downloads
Referências
A IDADE do ouro. Direção: Luís Buñuel. Roteiro: Luís Buñuel e Salvador Dalí. 1930. (60 min.), mono, p. & b.
ALBERA, François. L’Avant-Garde au cinéma. Paris: Armand Colin, 2005.
AMOR louco. Direção: Júlio Bressane. Roteiro: Júlio Bressane. 1971. (85 min.), mono, p. & b.
AUMONT, Jacques. À quoi pensent les films. Paris: Séguier, 1996.
BORDWELL, D.; THOMPSON, K.; STAIGER, J. The classical Hollywood cinema. Film style & mode of production to 1960. London: Routledge, 2005.
BRAKHAGE, Stan. Metaphors on vision. Denver: University of Colorado: Filme Culture, 1963.
BRENEZ, Nicole. L’Ange noir – Plastiques du négatif dans le cinema expérimental. In: De la figure en général e du corps en particulier – L’invention figurative au cinema. Louvain-la- Neuve – Bégica: De Boeck, 1998.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder, a inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
DAMOUR, Christophe. La déploration, de Sarah Bernhardt à Al Pacino. Permanence et migration d’une posture codifiée (arts visuels, théâtre, cinéma). Cinémas Revue d'études cinématographiques, Montréal, v. 25, n. 1, p. 17-37, 2014.
DAMOUR, Christophe; VALMARY, Hélène; VIVIANI, Christian (dir.) Généalogies de l’acteur au cinéma. Echos, influences, migrations. Cycnos, Nice, vol. 27, n. 2, p. 9–18, 2011.
DUBOIS, Phillipe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
EVEN as you and I. Direção: Roger Barlow, Harry Hay e Leroy Robbins. Roteiro: não creditado. 1937. (12 min.), mono, p. & b.
FAMÍLIA do barulho. Direção: Júlio Bressane. Roteiro: Júlio Bressane. 1970. (75 min.), mono, p. & b.
FERREIRA, Jairo. Cinema de invenção. São Paulo: Limiar, 2000.
FUNERAL parade of roses. Direção: Toshio Matsumoto. Roteiro: Toshio Matsumoto. 1969. (105 min.), mono, p. & b.
GODARD, Jean-Luc. Défense et illustration du découpage classique. Cahiers du Cinéma, Paris, n. 15, Tome III, p. 33-49, set. 1952.
KITTLER, Friedrich. Optical media: Berlin lectures 1999. Cambridge: Polity Press, 2010.
LYRA, Bernadette. A nave extraviada. São Paulo: Annablume: ECA-USP, 1995.
MAUSS, Marcel. As técnicas do corpo. In: Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
MITRY, Jean. Le cinema expérimental – histoire et perspectives. Paris: Editions Seghers, 1974.
O ENCOURAÇADO Potemkin. Direção: Serguei Eisenstein. Roteiro: Serguei Eisenstein, Nina Agadzhánova-Shutkó, Nicolai Asseiev, Sergei Tretyakov. 1925. (74 min.), mono, p. & b.
O REI do baralho. Direção: Júlio Bressane. Roteiro: Júlio Bressane. 1974. (90 min.), mono, p. & b.
REFLECTIONS on black. Direção: Stan Brakhage. Roteiro: Stan Brakhage. 1955. (12 min.), mono, p. & b.
RENAN, Sheldon. An introduction to the American Underground film. New York: E. P. Dutton, 1967.
SERMÕES: A história de Antônio Vieira. Direção: Júlio Bressane. Roteiro: Júlio Bressane. 1989. (80 min.), dolby, color e p. & b.
SITNEY, P. Adams. Visionary film – The American avant-garde. New York: Oxford University Press, 1980.
SITNEY, P. Adams (ed.) The avant-garde film – A reader of theory and criticism. New York: Anthology Film Archives, 1987. (Col. Anthology Film Archives #3).
TEIXEIRA, Francisco E. O cineasta celerado. A arte de se ver fora de si no cinema poético de Júlio Bressane. São Paulo: Annablume, 2011.
THE CAGE. Direção: Sidney Peterson. Roteiro: não creditado. 1947. (28 min.), mono, p. & b.
THE WAY to shadow Garden. Direção: Stan Brakhage. Roteiro: Stan Brakhage. 1955. (10 min.), mono, p. & b.
T,O,U,C,H,I,N,G. Direção: Paul Sharits. Roteiro: não creditado. 1968. (12 min.), mono, p. & b.
TRAITÉ de bave et d’éternité. Direção: Isidore Isou. Roteiro: não creditado. 1952. (125 min.), mono, p. & b.
TYLER, Parker. Underground Film – a critical history. Nova York: Da Capo Press, 1995.
UM CÃO Andaluz. Direção: Luis Buñuel, Salvador Dalí. Roteiro: Luis Buñuel, Salvador Dalí. 1929. (21 min.), mono, p. & b.
VELOSO, Geraldo. Por uma arqueologia do “outro” cinema. Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mai. 1983-14 jun. 1983.
VISUAL training. Direção: Frank Zwartjes. Roteiro: não creditado. 1969. (08 min.), mono, p. & b.
WEES, William C. Light Moving in Time: Studies in the Visual Aesthetics of Avant-Garde Film. Berkeley: University of California Press, 1992.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Sandro de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.