Cibergêneros nos webjornais brasileiros: um estudo dos dez principais veículos
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.90530Palavras-chave:
Webjornalismo, Gêneros jornalísticos, Formatos jornalísticosResumo
O fazer jornalístico está em constante alteração e suas transformações são otimizadas pelas tecnologias da informação e da comunicação. Dessa forma, a atual sociedade em rede que vive a convergência da cultura modifica seus hábitos de consumo e de produção de conteúdo. Este cenário atuou como ponto de partida desta pesquisa, gerando-nos a inquietude de compreender qual a relação que os produtos webjornalísticos possuem com as atuais classificações de gêneros e formatos. Para isso, utilizamos uma ficha de análise criada com base em Palacios e Canavilhas e nas classificações de gêneros jornalísticos, que permitiu liberdade e direcionamento para a compreensão da prática jornalística desenvolvida nos dez principais webjornais do país: Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo, Zero Hora, O Globo, BuzzFeed, Vice, HuffPost Brasil, Nexo e Agência Pública. Foram analisadas 232 unidades, o que nos gerou um banco de dados com mais de oito mil unidades de informação. Este processo constituiu uma macroanálise. A partir dos procedimentos acima expostos, identificamos que na produção do hard news no webjornalismo brasileiro há predominância dos formatos e gêneros hegemônicos. Contudo, identificamos, ainda, que os formatos no webjornalismo atuam com fluidez entre os gêneros jornalísticos, ora servindo de complemento, ora sendo os condutores absolutos dos gêneros.
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