A série e o Sonho Americano. Nostalgia e sobrevivência de um imaginário suburbano.
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.100603Palavras-chave:
TV series, American sonho, Suburban Imaginary, Fredric Jameson, NostalgiaResumo
Na memória americana, a vida nos subúrbios continua sendo um contexto de prosperidade, fundamental para aquele imaginário conhecido como sonho americano. Não obstante, é um cenário idílico que as séries televisivas vêm questionando desde o próprio florescimento desse modo de viver. Este artigo propõe um estudo de ficções de meados do século passado que foram aplicadas a uma leitura disfuncional do sonho americano: ou seja, narrativas que conseguiram ilustrar os lados opostos da homogeneização e da padronização, revelando a ordem do cotidiano como um simulacro precário. No entanto, são motivos ideológicos que as produções mais contemporâneas parecem reler como uma "nostalgia": categoria que a teoria de Fredric Jameson desenvolve para desafiar formas artísticas onde as ideias do passado são elaboradas alegoricamente, como imagens. resíduos sobre os quais o presente impõe outra linha de significação. A proposta argumentará que as chaves para essa nostalgia devem ser rastreadas até o processo de suburbanização do pós-guerra, um enclave que não pode ser pensado fora de um capitalismo tardio incipiente cuja reprodução serial planejou tanto um projeto urbano quanto a conformação de subjetividades. Em diálogo com as contribuições de Jameson, o artigo pretende mostrar como, desde o início, a televisão de massa funcionou não apenas como um modo de produção estética, mas também como uma instituição social com força crítica.
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