PERTENCIMENTO E A BUSCA POR ESPAÇOS E RECONHECIMENTO DA CREW CLAN POTIGUARA
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.125936Resumo
Este artigo é um recorte de pesquisas etnográficas que vêm sendo realizadas desde 2016 pelos
autores junto a crew (grupo) Clan Potiguara, praticantes de elementos do hip-hop na pequena
cidade de Rio Tinto, localizada no litoral norte do estado da Paraíba. No seu cotidiano, os
membros da crew se deparam com preconceitos e estigmas do poder público, que refletem no
“não reconhecimento” artístico do breaking, negando, com isso, diálogos e apoio financeiro aos
projetos do grupo. Por outro lado, analisamos as reações e “táticas” encontradas por esses
dançarinos para a continuidade dos treinos, das participações em competições e para a
organização de eventos, ficando evidente as particularidades, com limitações e proposições desses
jovens na prática da dança e processos de sociabilidades numa cidade de pequeno porte. O artigo
pretende também problematizar como se deu a experiência da maternidade e paternidade para
alguns desses praticantes. Metodologicamente, a pesquisa teve inspiração na observação do
cotidiano de José Machado Pais e na produção de imagens para a inserção dos pesquisadores no
campo e na coleta de dados para a pesquisa.
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