Chamada de artigos: HA 68 - Etnografias do Digital

2022-10-06

Organizadores:

Jean Segata (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre – Brasil)

Maria Elisa Máximo (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência/SBPC – Regional Santa Catarina – Brasil)

Theophilos Rifiotis (Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis – Brasil)

Recebimento de artigos prorrogado até 28 de fevereiro de 2023

Chamada de artigos

Computadores pessoais e softwares de modelagem, aplicativos e redes sociais da internet, algoritmos e DNA, inteligência artificial e organismos geneticamente modificados, constituem um amplo e complexo amálgama que intersecta tecnologias digitais e da vida. Elas dão forma a mundos múltiplos, modulados por combinações matemáticas, técnicas, arranjos e transformações biológicas. Tecnossocialidade e biossocialidade, para usar uma fórmula mais conhecida. Nas últimas décadas a antropologia tem problematizado, por diferentes caminhos, a concepção de social ou sociedade como sendo a reunião de indivíduos humanos e seus modos de representação, ação, convivência e pertencimento. Seguindo esta tendência, nossa proposta para é a de trabalhar antropologicamente coletivos situacionais e contingentes, definidos, por exemplo, pela partilha de moléculas, por códigos binários e genéticos ou pela combinação de dados minerados por algum algoritmo. Em outras palavras, um esforço para tratar a produção e o governo da vida trazendo para o primeiro plano, através da etnografia, a atuação das tecnologias digitais e da vida. O pressuposto lançado é o de que, ainda que projetadas como globais, essas tecnologias encontram resistência nas práticas localizadas. Assim, o desafio posto é o de destacar o seu tensionamento e a sua produção singular e situacional. Este número de Horizontes Antropológicos tem o objetivo de destacar a pluralidade de eleições etnográficas que problematizem o digital e suas formas cada vez mais complexas de constituir a vida.

Call for papers
Ethnographies of the Digital

Digital and life technologies are everywhere. Personal computers and modeling software, internet applications and social media networks, algorithms and DNA or artificial intelligence and genetically modified organisms constitute a broad and complex amalgam that intersects digital and life technologies. More and more the digital and life technologies are shaping multiple worlds by mathematical combinations, and biological arrangements and transformations. Technosociality and biosociality, to use a well known expression. In recent decades the anthropology has wondered about the concept of social or society as the reunion of human individuals and their modes of representation, action, coexistence and belonging in different ways. Following this trend, what is proposed in this debate is the perspective is to think on situational meetings, defined by the sharing of molecules, binary and genetic codes or by the combination of data mined by some algorithm. In other words, we are thinking on an effort to address the production and the governing of life by bringing to the forefront of our ethnographies these digital and life technologies. The assumption made is that, although projected as global, these technologies find resistance in localized practices. Thus, the challenge posed is to highlight its tensioning and its singular and situational production. In other words, this thematic issue aims to highlight the plurality of ethnographic elections that problematize the digital and its increasingly complex ways of producing the life.

Llamada de artículos
Etnografías de lo Digital

Las computadoras personales y el software de modelado, las aplicaciones de Internet y las redes sociales, los algoritmos y el ADN, la inteligencia artificial y los organismos genéticamente modificados, constituyen una amalgama amplia y compleja que se cruza con las tecnologías digitales y de la vida. Forman mundos múltiples, modulados por combinaciones matemáticas, técnicas, arreglos y transformaciones biológicas. Tecnosocialidad y biosocialidad, para usar una fórmula mejor conocida. En las últimas décadas, la antropología ha problematizado, a través de diferentes caminos, el concepto de social o sociedad como el encuentro de los individuos humanos y sus modos de representación, acción, convivencia y pertenencia. Siguiendo esta tendencia, nuestra propuesta es trabajar colectivos antropológicamente situacionales y contingentes, definidos, por ejemplo, por el intercambio de moléculas, por códigos binarios y genéticos o por la combinación de datos extraídos por algún algoritmo. En otras palabras, un esfuerzo por abordar la producción y el gobierno de la vida, llevando a la vanguardia, a través de la etnografía, el desempeño de las tecnologías digitales y la vida. Se supone que, aunque se proyecta como global, estas tecnologías encuentran resistencia en las prácticas localizadas. Por lo tanto, el desafío planteado es resaltar su tensión y su producción única y situacional. En otras palabras, este numero de Horizontes Antropológicos tiene como objetivo resaltar la pluralidad de elecciones etnográficas que problematizan lo digital y sus formas cada vez más complejas de constituir la vida.