Aleitamento materno e quimiocinas: diferenças entre esquizofrenia e controles

Autores

  • Mariana Pasquali Poletto Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre- PUC, Núcleo de Estudo e Pesquisa de Psicologia
  • Marcos Paulo Ramalho de Souza Programa de Esquizofrenia- Prodesq, Hospital de clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil.
  • Bruna Panizzutti Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Serviço de psiquiatria, Laboratório de Psiquiatria Molecular.
  • Eduarda Dias da Rosa Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Serviço de psiquiatria, Laboratório de Psiquiatria Molecular
  • Paulo Silva Belmonte-de-Abreu Programa de Esquizofrenia- Prodesq, Hospital de clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, Psiquiatria. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Serviço de psiquiatria, Laboratório de Psiquiatria Molecular.
  • Raquel Veronica Jacobus Programa de Esquizofrenia- Prodesq, Hospital de clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil
  • Viviane Carvalho Franco Programa de Esquizofrenia- Prodesq, Hospital de clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil.
  • Victor Hugo Schaly Cordova Programa de Esquizofrenia- Prodesq, Hospital de clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil.

Palavras-chave:

Esquizofrenia, CCL11, Aleitamento materno, Quociente de inteligência

Resumo

Introdução: Avaliar a associação entre níveis plasmáticos da quimiocina CCL11, coeficiente de inteligência e prática da amamentação em homens com esquizofrenia em condições psiquiátricas estáveis sob acompanhamento ambulatorial em um serviço de saúde pública. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle com 60 indivíduos: 30 pacientes com esquizofrenia e 30 controles saudáveis, dos quais 15 de cada grupo foram expostos ao aleitamento materno e 15 não foram. Foi aplicado questionário abordando questões socioeconômicas, história ao nascer, dados clínicos e alimentação ao nascer. Foi dosada a quimiocina CCL11 e aplicados testes psicológicos para avaliar quociente de inteligência, funcionalidade, sintomas psiquiátricos, curso da doença e diagnóstico. Para os controles, foi utilizada uma escala para descartar doença psiquiátrica. Resultados: A quimiocina CCL11 apresentou valores significativamente mais altos (> 0,5) em pacientes com esquizofrenia quando comparados aos controles. No grupo de amamentados, os esquizofrênicos apresentaram valores significativamente mais altos a nível intermediário (entre 0.106 e 0.5). Não houve correlação da CCL11 com o número de hospitalizações, idade, tempo de diagnóstico e escolaridade. Não foi evidenciada correlação entre tempo de aleitamento materno em relação aos fatores do Brief Psychiatric Rating Scale. Houve uma tendência de correlação entre a idade de início da doença e o aleitamento materno. Foi encontrada correlação positiva do CCL11 com o tempo de aleitamento materno. Ao comparar os pacientes esquizofrênicos que foram aleitados com os que não foram, foi encontrada diferença estatisticamente significativa apenas para o quociente de inteligência. Conclusão: O aleitamento materno está associado a níveis mais baixos de CCL11, escores mais altos de quociente de inteligência e a esquizofrenia. A quimiocina CCL11 é mais alta em quem não amamentou, especialmente nos esquizofrênicos.

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Publicado

2021-07-26

Como Citar

1.
Poletto MP, de Souza MPR, Panizzutti B, da Rosa ED, Belmonte-de-Abreu PS, Jacobus RV, Franco VC, Cordova VHS. Aleitamento materno e quimiocinas: diferenças entre esquizofrenia e controles. Clin Biomed Res [Internet]. 26º de julho de 2021 [citado 28º de março de 2024];41(2). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/103623