Influência dos Genótipos no Tratamento da Hepatite B
Palavras-chave:
Hepatite B, genótipos, terapia antiviralResumo
A hepatite B pode ser classificada em oito diferentes genótipos (A-H). Esses genótipos diferem na sua distribuição geográfica mundial. No Brasil, os genótipos mais freqüentemente encontrados são o A, D e F. Algumas alterações na estrutura genética desses genótipos podem resultar em diferentes níveis de patogenicidade, sendo relacionadas com maior ou menor risco de desenvolvimento de hepatocarcinoma ou cirrose no fígado. Além das diferenças citadas, a heterogeneidade dos genótipos da hepatite B parece estar relacionada com diferenças na evolução clínica da infecção e na resposta ao tratamento antiviral. Alguns genótipos demonstraram responder melhor ao tratamento com interferon ou nucleotídeos análogos do que outros. O objetivo desta revisão foi demonstrar a importância do tratamento da hepatite B baseado nos seus diferentes genótipos. Foram revisados artigos da literatura, selecionando aqueles que abordavam questões relacionadas aos genótipos da hepatite B e sua relação com o tratamento desta infecção. Nos artigos revisados, o tratamento da hepatite B baseada em genótipos apresentou diferenças significativas. Os genótipos A e B parecem ter uma melhor resposta ao tratamento antiviral com interferon alfa e/ou lamivudina; porém, mais estudos são necessários para a consistência dessa afirmação. No entanto, através dos presentes dados, já é possível demonstrar forte associação entre genótipos e resposta antiviral. Deste modo, adaptar o tratamento aos genótipos pode promover uma melhor resposta do interferon e dos nucleotídeos na terapêutica da infecção pelo vírus da hepatite B.
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