Reinternação Hospitalar Precoce: Avaliação de um Indicador de Qualidade Assistencial

Autores

  • Flávia Kessler Borges Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Fernando Soliman Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Daniela Oliveira Pires Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Renato Seligman Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Palavras-chave:

Reinternação hospitalar, Indicador, Qualidade

Resumo

Introdução: A reinternação hospitalar precoce é um indicador de qualidade assistencial. Além de desconforto ao paciente, acarreta ônus ao sistema de saúde, fazendo-se necessária uma avaliação do perfil dos pacientes de maior risco. Objetivo: Definir o perfil dos pacientes com reinternação precoce em um hospital universitário. Metodologia: Seleção de todos pacientes clínicos, cirúrgicos e pediátricos que reinternaram em até 7 dias após alta hospitalar nos meses de janeiro a março de 2007. Resultados: Entre 5363 internações, 135 (3%) adultos e 71 (7%) crianças reinternaram em 7 dias. A maioria dos pacientes eram do sexo masculino, com internação nos últimos 3 meses pelo mesmo diagnóstico. As especialidades com maior taxa de reinternação na população adulta foram medicina interna (9,7%), hematologia (9,1%), cardiologia (5,7%), emergência adulto (5,5%), gastroenterologia (5,2%) e cirurgia geral (2,2%). A maioria das internações adultas se deveu a doenças cardiovasculares (20), gastrointestinais (18), respiratórias (17), neoplásicas (17) e urinárias (13). As comorbidades mais comuns nos adultos foram hipertensão arterial (39%), diabetes (24%), tabagismo (18,5%), insuficiência renal (17%), cardiopatia isquêmica (16%), doença pulmonar obstrutiva crônica (16%) e insuficiência cardíaca (15%). As reinternação pediátricas foram predominantemente na população oncológica (42,4%). A média de comorbidades foi de 2,7 por paciente adulto. Do total das reinternações, 13% das crianças e 5 % dos adultos foram a óbito. Conclusão: Os dados apresentados permitem um melhor conhecimento do perfil de pacientes com reinternação precoce, sendo na sua maioria pacientes portadores de neoplasias e múltiplas comorbidades clínicas, devido ao perfil de pacientes crônicos atendidos na instituição.

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Biografia do Autor

Flávia Kessler Borges, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Médica contratada do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Fernando Soliman, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Daniela Oliveira Pires, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médica formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Renato Seligman, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Adjunto da Vice-Presidência Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Publicado

2009-01-14

Como Citar

1.
Borges FK, Soliman F, Pires DO, Seligman R. Reinternação Hospitalar Precoce: Avaliação de um Indicador de Qualidade Assistencial. Clin Biomed Res [Internet]. 14º de janeiro de 2009 [citado 28º de março de 2024];28(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/5120

Edição

Seção

Artigos Originais

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