PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES MICRO- E MACROVASCULARES E DE SEUS FATORES DE RISCO EM PACIENTES COM DIABETES MELITO DO TIPO 2 EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL

Autores

  • Rafael Selbach Scheffel
  • Desirê Bortolanza
  • Cristiane Seganfredo Weber
  • Dra. Luciana Abarno da Costa
  • Dr. Luís Henrique Canani
  • Kátia Gonçalves dos Santos
  • Daisy Crispim
  • Dr. Israel Roisenberg
  • Dr. Hugo Roberto Kurtz Lisbôa
  • Dra. Glaucia Sarturi Tres
  • Dr. Balduíno Tschiedel
  • Dr. Jorge Luiz Gross

Palavras-chave:

diabetes melito, complicações crônicas, fatores de risco

Resumo

Objetivos: O diabetes melito (DM) do tipo 2 está associado ao desenvolvimento de complicações macroangiopáticas [cardiopatia isquêmica (CI), doença vascular periférica (DVP) e acidente vascular cerebral (AVC)] e microangiopáticas [retinopatia diabética (RD), nefropatia diabética (ND) e neuropatia sensitiva distal (NSD)]. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência das complicações crônicas em pacientes com DM do tipo 2 e aferir os seus possíveis fatores de risco.

Métodos: Estudo transversal, incluindo 927 pacientes com DM do tipo 2 (42% homens, média de idade: 59 ± 10 anos; duração média do DM do tipo 2: 12 ± 8 anos). A RD foi definida por fundoscopia direta; a CI através do questionário da OMS e/ou alterações eletrocardiográficas e/ou anormalidades perfusionais na cintilografia miocárdica; a NSD por sintomas compatíveis e ausência de sensação ao monofilamento de 10g e/ou ao diapasão; a DVP pela claudicação e ausência de pulsos pediosos; o AVC por seqüelas ou história compatível e a ND pela excreção urinária de albumina (≥ 20 µg/min). A hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi definida
pelos níveis pressóricos (≥ 140/90 mmHg) e/ou uso de drogas anti-hipertensivas. Foram calculados o índice de massa corporal (IMC, kg/m2 ) e a razão cintura-quadril (RCQ).

Resultados: A CI estava presente em 36% e a DVP em 33% dos pacientes. Dentre as complicações microvasculares, 37% tinham doença renal (12% macroalbuminúricos) e 46% RD (15% retinopatia proliferativa). A NSD foi encontrada em 36% dos pacientes. HAS estava presente em 73% dos pacientes. O colesterol estava acima de 200 mg/dl em 64%, enquanto o IMC > 30 kg/m2 em 36%. Vinte e dois por cento dos pacientes eram fumantes atuais e 21% ex-tabagistas.

Conclusão: As complicações crônicas do DM do 2 têm uma alta prevalência nos pacientes ambulatoriais de hospitais gerais. Praticamente todos os pacientes apresentavam pelo menos um fator de risco para doença cardiovascular, o que justifica o seu rastreamento e controle. Unitermos: diabetes melito, complicações crônicas, fatores de risco.

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Publicado

2022-09-23

Como Citar

1.
Selbach Scheffel R, Bortolanza D, Seganfredo Weber C, Abarno da Costa L, Canani LH, Gonçalves dos Santos K, Crispim D, Roisenberg I, Kurtz Lisbôa HR, Sarturi Tres G, Tschiedel B, Gross JL. PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES MICRO- E MACROVASCULARES E DE SEUS FATORES DE RISCO EM PACIENTES COM DIABETES MELITO DO TIPO 2 EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL. Clin Biomed Res [Internet]. 23º de setembro de 2022 [citado 19º de abril de 2024];23(1 - 2). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/126194

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