Arte/Educação e feminismo no imaginário pernambucano como resistência política e formação identitária das mulheres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.94281

Palavras-chave:

Feminismo. Arte/Educação. Imaginário. Artes Visuais. (de)Colonialismo.

Resumo

Na Graduação em Artes Visuais da UFPE, com o objetivo de formação de professoras e professores, nós, professoras do curso, ministramos disciplinas para que esses/essas estudantes vão aos espaços educativos sendo esses formais: as escolas; ou não-formais: museus, galerias, ONGs, hospitais, entre outros, com a consciência de que somos um grupo cultural colonizado, especificamente em relação às artes visuais. E precisamos estudar, pesquisar e compreender um ensino/aprendizagem contemporâneo, democrático e inclusivo. Para isso, fundamentadas em teorias feministas, fazemos escolhas de trabalhos artísticos em que contemplem as mulheres, indígenas, pretas, pessoas com deficiências e de grupos LGBT. Discutir as teorias de autoras mulheres que trazem à luz os trabalhos artísticos dessas, que por muito tempo foram invisibilizadas por historiadores homens, também é outro ponto fundamental nessa perspectiva de Arte/Educação. Com a arte, discutimos questões como a misoginia, homofobia e preconceitos outros que excluem as pessoas da sociedade e da história da arte. Levando essa temática para a sala de aula, fomentamos um movimento circular, no qual as artistas e trabalhos de arte são estudados, levando as/os professores/as em formação a produzirem/pesquisarem arte; a partir dessa produção/pesquisa/reflexão em arte proporcionar à  a sociedade em seus estágios obrigatórios e não obrigatórios, em pesquisas de PIBIC, PIBITI, PIBID, o objetivo de transformar e buscar uma sociedade mais justa, democrática, inclusiva e decolonializada. Para exemplificar essa ciclicidade, trago três estudantes e pesquisadoras do PIBIC apresentando suas produções artísticas.

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Biografia do Autor

Maria das Vitórias Negreiros do Amaral, Universidade Federal de Pernambuco — UFPE, Recife/PE

Professora de Artes Visuais da Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Universidade Federal de Pernambuco; atualmente é a coordenadora do PPGAV-UFPE; é Pós-doutora em Feminismo e Arte/Educação pela Universidad Complutense de Madrid; Doutora em Artes/Visuais-Arte/Educação pela USP; Mestra em Antropologia pela UFPE.

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Publicado

2019-07-05

Como Citar

AMARAL, M. das V. N. do. Arte/Educação e feminismo no imaginário pernambucano como resistência política e formação identitária das mulheres. Revista GEARTE, [S. l.], v. 6, n. 2, 2019. DOI: 10.22456/2357-9854.94281. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/94281. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Ensino/Aprendizagem das Artes na América Latina: colonialismo e questões de gênero