Individualidade e deficiência: “Criatividade Compulsiva” na Comunidade Digital Global
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.89348Palavras-chave:
Second life. Deficiência. Arte. Lugar. Identidade.Resumo
O surgimento do capital digital deu origem ao “capitalismo criacionista,” a partir do qual a economia criativa transformou as relações entre identidade, propriedade social, individualidade, trabalho e valor (DAVIS & BOELLSTROFF, 2016, p. 2107). De acordo com um conjunto substancial de informações, esses produtores criativos são predominantemente masculinos, brancos, heterossexuais e saudáveis. No entanto, a pesquisa de Davis e Boellstroff no Second Life (SL), uma plataforma global digital que oferece seus espetáculos mais inovadores à comunidade deficiente, demostrou que homens e mulheres com deficiência e “compulsivamente criativos” encontram no SL uma oportunidade para se envolver na economia criativa quando o emprego na vida real não é uma realidade. Este artigo explora os efeitos globais do SL na vida de pessoas com deficiências que passaram vários anos interagindo com avatares em comunidades virtuais que congregam pessoas com deficiências. Usarei uma lente crítica de estudos sobre deficiência que define a deficiência não apenas como um fenômeno social, mas também como uma realidade incorporada. Isto incluiria o meu corpo como uma entidade social em termos de posição e orientação no mundo, e como o “corpo político”, que significa os efeitos das estruturas institucionais que controlam, regulam e excluem corpos deficientes (MAYBEE, 2017). Portanto, o corpo do avatar em um espaço virtual será o principal local de exploração.
Downloads
Referências
CARR, Diane. Constructing disability/Deaf in SL. Retrieved from: <https://www.learntechlib.org/p/108769/. 2010>.
DAVIS, Donna. Z. & BOELLSTORFF, Tom. Compulsive creativity: Virtual worlds, disability, and digital capital. International Journal of Communication 10(2016), 2096–2118. 2016.
DAVIS, Lennard. Enforcing normalcy: Disability, deafness, and the body. New York, NY: Verso. 1995.
DENZIN, Norman K & GIARDINA, Michael D. (Eds.). Ethical futures in qualitative research: Decolonizing the politics of knowledge. New York and London: Routledge. 2016.
DRAX, Bernhard [Draxtor]. Our digital selves: My avatar is me [Video file]. Retrieved from: https://www.youtube.com/watch?v=GQw02-me0W4&feature=youtu.be . May 17.2018.
KEANE, Webb. Affordances and reflexivity in ethical life: An ethnographic stance. Anthropological Theory, 14(1), 3-26. 2014.
KRUEGER, Alice. Our digital selves film and interview with Tom Boellstorff. Retrieved from: http://blog.virtualability.org/2018/05/our-digital-selves-film-and-interview.html . 2018.
MAYBEE, Julie E. Em”body”ment and disability: On taking the (biological) “body” out of em “body”ment. Journal of Social Philosophy, 48(3). 297-320. 2017.
MOODY-HICKEY, Anna. & WOOD, Denise. Virtually sustainable: Deleuze and desiring differentiation in second life. Continuum: Journal of Media & Cultural Studies, 22(6), 805-816. 2008.
OLIVER, Michael. The politics of disablement: A sociological approach. London, UK: Palgrave Macmillan. 1990.
SMITH, Linda T. Decolonizing methodologies: Research and Indigenous peoples. London, UK & New York, NY: Zed Books. 2012.
STEWART, Stephanie, HANSEN, Terri S., & CAREY, Timothy A. Opportunities for people with disabilities in the virtual world of second life. Rehabilitation Nursing, 35(6). 254-259. 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Revista GEARTE e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista.
Ao submeter um artigo à Revista GEARTE e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista GEARTE o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença de Atribuição Creative Commons CC BY 4.0; os autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online em repositórios institucionais/disciplinares ou na sua página pessoal.
Este periódico utiliza uma Licença de Atribuição Creative Commons 4.0 Internacional.