Notas sobre uma Residência Pedagógica no Museu de Arte do Rio
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.67052Palavras-chave:
Residência pedagógica. Mediação. Roland Barthes. Texto.Resumo
O presente artigo parte de uma residência pedagógica realizada no Museu de Arte do Rio (MAR), para desenvolver uma análise das práticas produzidas pelos educadores que lá atuam. Essa análise coloca foco no espaço instaurado a partir das interlocuções realizadas entre público e obra, significando-o como um texto. Para tanto, estabelece com Roland Barthes o esteio teórico que subsidia o mapeamento de percepções e sensações realizado. Metodologicamente, cria formas de apontar ressonâncias entre as práticas de mediação desenvolvidas pelos educadores, um funcionamento curricular aberto à imprevisibilidade dos encontros, e a potência das múltiplas dimensões dos espaços engendrados nessa rede que tem por base a educação. Por fim, faz-se a defesa da mediação enquanto uma prática comprometida com a supressão do distanciamento existente entre os desejos do autor e a experiência do espectador, de maneira que a vivência artística seja, sobretudo, um convite à criação de novos sentidos: para a obra, para a arte, para a vida.
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