“Encruzilhadas nas cruzadas”: os ataques neopentecostais ao povo-de-santo como batalhas de uma “guerra cosmopolítica”
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.62520Palavras-chave:
Neopentecostalismo, Candomblé, Cosmopolítica, ModernidadeResumo
Sob a inspiração de um evento particular, o artigo trata das tensões entre povo-de-santo e cristãos neopentecostais, acirradas, no Brasil, nas últimas décadas. No decorrer do texto, pretendo reforçar a hipótese de que, por um lado, as ofensivas do segmento cristão e, por outro, as estratégias de defesa dos afro-brasileiros, ambas, podem ser analisadas como parte de uma “guerra cosmopolítica”. Suponho que o Estado possa ser deslocado da posição que lhe é atribuída politicamente – como árbitro e mediador externo –, para ser concebido como integrante de uma cosmologia – “moderna”, no sentido latouriano – cujas entidades são concorridas pelos agentes de outros mundos, com fundamentos diversos. Defendo, então, de maneira mais geral, que o tratamento dos conflitos em outra chave, que não as da “intolerância” ou da “discriminação” – supostamente reguladas pela esfera pública –, possa ser especialmente profícuo no caso brasileiro, marcado, como se sabe, por relações ambíguas entre religião e política.Downloads
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Publicado
2017-02-15
Como Citar
Meira, T. A. B. (2017). “Encruzilhadas nas cruzadas”: os ataques neopentecostais ao povo-de-santo como batalhas de uma “guerra cosmopolítica”. Debates Do NER, 2(30), 103–128. https://doi.org/10.22456/1982-8136.62520
Edição
Seção
Artigos