“Encruzilhadas nas cruzadas”: os ataques neopentecostais ao povo-de-santo como batalhas de uma “guerra cosmopolítica”

Autores

  • Thomás Antônio Burneiko Meira Universidade Estadual de Maringá/ Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.62520

Palavras-chave:

Neopentecostalismo, Candomblé, Cosmopolítica, Modernidade

Resumo

Sob a inspiração de um evento particular, o artigo trata das tensões entre povo-de-santo e cristãos neopentecostais, acirradas, no Brasil, nas últimas décadas. No decorrer do texto, pretendo reforçar a hipótese de que, por um lado, as ofensivas do segmento cristão e, por outro, as estratégias de defesa dos afro-brasileiros, ambas, podem ser analisadas como parte de uma “guerra cosmopolítica”. Suponho que o Estado possa ser deslocado da posição que lhe é atribuída politicamente – como árbitro e mediador externo –, para ser concebido como integrante de uma cosmologia – “moderna”, no sentido latouriano – cujas entidades são concorridas pelos agentes de outros mundos, com fundamentos diversos. Defendo, então, de maneira mais geral, que o tratamento dos conflitos em outra chave, que não as da “intolerância” ou da “discriminação” – supostamente reguladas pela esfera pública –, possa ser especialmente profícuo no caso brasileiro, marcado, como se sabe, por relações ambíguas entre religião e política.

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Biografia do Autor

Thomás Antônio Burneiko Meira, Universidade Estadual de Maringá/ Universidade Federal Fluminense

Professor Assistente no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá (DCS/UEM) e Doutorando em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF).

Publicado

2017-02-15

Como Citar

Meira, T. A. B. (2017). “Encruzilhadas nas cruzadas”: os ataques neopentecostais ao povo-de-santo como batalhas de uma “guerra cosmopolítica”. Debates Do NER, 2(30), 103–128. https://doi.org/10.22456/1982-8136.62520