PIEDOSAS E POLICULTURAIS
CONVERSÃO, AGÊNCIA E TORMENTO MORAL ENTRE MULHERES EVANGÉLICAS JUDAIZANTES NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8136.126711Resumo
Este trabalho baseia-se em uma etnografia com ex-evangélicas pentecostais que passaram por um dramático processo de judaização. Investiga as maneiras pelas quais essas mulheres, ex-cristãs e sem nenhum passado judaicos eu, adotaram tabus menstruais, restritos códigos de vestimenta - incluindo o uso de véus cobrindo a cabeça - e os rituais de judeus ultraortodoxos, ao mesmo tempo que ainda preservam princípios cristãos. Utilizando-se de teorias sobre mudança religiosa, dos debates contemporâneos da antropologia do cristianismo e de literatura feminista acerca do engajamento de mulheres com religiões patriarcais, este artigo examina a agência de mulheres em processos de conversão religiosa. Ao contrário das análises acadêmicas atuais que enfatizam a agência de mulheres pelo prisma da observância e corporalização (embodiment) de normas religiosas, o enquadramento policultural proposto neste artigo enfoca nas negociações, nas montagens culturais híbridas e nos “tormentos morais” imbricados em projetos de mudanças religiosas dramáticas. Essas percepções indicam a importância de se considerar as reflexões éticas, as reinterpretações e as acomodações culturais quando analisamos conversões religiosas.
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