A NOÇÃO DE ÉPICO EM ALENCAR
A POLÊMICA D’A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.128517Resumo
A série de cartas trocadas por José de Alencar, Gonçalves de Magalhães e muitos outros intelectuais da época, por ocasião da publicação do poema épico A confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, em 1856, mostra o embate entre a velha geração de escritores brasileiros e a novíssima geração que despontava nos meados do século 19. Alencar aparece como figura consciente e atenta, embora jovem e com poucos títulos publicados. Tendo como base o conjunto da referida correspondência e o ensaio Como e porque sou romancista, de Alencar, quero detectar a noção de épico de Alencar, identificando em seu discurso sobre a epopeia as questões relativas à heroicidade, à autenticação e à subjetividade. Com esta pesquisa, pretendo contribuir para o debate contemporâneo sobre a poesia épica lusófona do século 19, que possibilite comparar os discursos em perspectiva transatlântica e identificar semelhanças e divergências decorrentes dos distintos contextos literários brasileiro e português.