E a chanchada “explodiu” sensualíssima na cena teatral do Recife por companhias viageiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2236-3254.127060

Resumo

Este artigo, a partir de uma descrição analítica de certa fortuna crítica dos anos 1950, delineia as tensões e conflitos travados entre críticos de teatro do Recife e companhias em turnê que apostaram num repertório “chachadeiro”, termo que designa certa “sujeira” trazida aos palcos, com a busca do riso desbragado a qualquer custo. Três artistas-empresários, em especial, ganham destaque, Procópio Ferreira, Milton Carneiro e Ítalo Cúrcio, sendo este último aquele que mais embates amargou com a crítica pernambucana. Colhendo vestígios espalhados por jornais e no conceito de campo proposto pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, pensa-se a relação de disputa de pontos de vista entre representantes de uma impressa com teor higienista e empresários em itinerância que, tentando sobreviver das bilheterias e para cortejar um público mais popular, passaram a apostar não só em certa dessacralização dos textos, mas também na exibição crescente da nudez feminina em cena. A intenção é revelar este jogo inconciliável de oposições

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2022-12-19

Como Citar

Ferraz, L. M. M. de C. (2022). E a chanchada “explodiu” sensualíssima na cena teatral do Recife por companhias viageiras. Cena, 23(39), 01–10. https://doi.org/10.22456/2236-3254.127060