Do sarau à palavra (per)formada: entre paradigmas, intuição e artivismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2236-3254.127898

Resumo

Este artigo visa contribuir para a compreensão da palavra como potencialidade performativa. A partir do estudo do fenômeno da poesia marginal dos saraus, o hip-hop, o slam até a palavra (per)formada, objetiva-se demonstrar como o poder da palavra e sua potência cênica, relação com o conceito de intuição e de ativismo na arte, são capazes de produzir sentido poético e ético na cena contemporânea. O trabalho é resultado de uma pesquisa teórica e prática realizada no campo dos processos de criação e pretende investigar a intuição como dispositivo de criação para a arte da performance. Foi utilizada a metodologia etnográfica de Sylvie Fortin e Pierre Gosselin (2014) para organização do material criativo. Desse modo, foi discutida a partir do paradigma decolonial, o racismo estrutural, a identidade negra e o corpo negro em cena. Parte dos resultados práticos foi apresentada na Bienal Black Brazil Art, produzida em parceria com a Njabala Foundation de Uganda. O trabalho foi premiado em 2019 e a autora convidada a integrar residência artística internacional.   

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Biografia do Autor

Thaís Alessandra, Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Ouro Preto/MG, Brasil

Escritora, autora e pesquisadora da Palavra (Per)formada, poeta, artivista (usa a criação artística como forma de defender causas, militâncias sociais e ideologias), Documentarista, (Per)former e artista de múltiplas linguagens. Fundadora do Coletivo Cirandar (2010); (Per)former premiada pela 1ª Bienal Black Brazil Art com a (per)formance Lugar de Fala? (2019). Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte MG (2010). Mestra em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto MG.

Alex Beigui, Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Ouro Preto/MG, Brasil

Artista pesquisador. Pós-doutorado em Dramaturgia pela Université de Lausanne - Suíça (Bolsista/CAPES); Doutor em Letras (Dramaturgia Comparada - Literatura Brasileira) pela USP (Bolsista-FAPESP); Mestre em Artes Cênicas pela UFBA (Bolsista-CAPES). Atua como Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFOP - PPGAC. Líder do Grupo de Pesquisa no CNPq: DRAMATIC - Grupo de Pesquisa em Dramaturgia: Teorias, Intermídias e Cena cultural.

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Publicado

2022-12-19

Como Citar

Martins da Cruz, T. A. ., & Beigui, A. (2022). Do sarau à palavra (per)formada: entre paradigmas, intuição e artivismo. Cena, 23(39), 01–10. https://doi.org/10.22456/2236-3254.127898