Sobre o regime de visualidade racializado e a violência da imageria racista: notas para os estudos da imagem

Autores

  • Francielly Rocha Dossin UFSC

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.77582

Palavras-chave:

Estudos da imagem, História da imagem, Regime de visualidade racializado, Imageria racista

Resumo

O presente artigo tem como objetivo realizar uma investigação sobre os modos de funcionamento da representação produzida pela imagem, sobretudo sobre a representação histórica racista. Para tanto, questionamos a prestensa “transparência” da imagem e interrogamos o caráter violento da imageria racista, assim como as possibilidades de desconstrução dessa visualidade racializada. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francielly Rocha Dossin, UFSC

Bacharel em Artes Plásticas e Mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Brasil.

Referências

COLI, Jorge. Arte e pensamento. In: FLORES, Maria Bernardete Ramos; VILELA, Ana Lucia (Org.). Encantos da imagem: estâncias para a prática historiográfica entre história e arte. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2010.

DEVISSE, Jean; LABIB, Shuhi. A África nas relações intercontinentais. In: NIANE, Tamsir (Org.). História Geral da África: África entre os séculos XII e XVI. v. 4. São Paulo: Ática; Unesco, 1988.

DICIONÁRIO. Le Grand Robert de la Langue Française. Paris, 2001.

DOSSIN, Francielly; LEAL, Elisabete. Os estudos das imagens, segundo André Gunthert. ArtCultura, Uberlândia, v. 17, n. 31, p. 91-100, jul./dez. 2015.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, [1999].

FLORES, Maria Bernardete Ramos; MELO, Sabrina Fernandes. A libertação de Cam: discriminar para igualar. Sobre a questão racial brasileira In: RODRIGUES, Cristina; LUCA, Tania; GUIMARÃES, Valéria (Org.). Identidades brasileiras: composições e recomposições. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.

GONZÁLEZ, Jennifer. Subject to display: reframing race in contemporary installation art. Cambridge; London: MIT Press, 2008.

HALL, Stuart (Org.). Representation. Cultural representation and cultural signifying practices. London; Thousand Oaks; New Delhi: Sage; Open University, 1997.

____. The West and the Rest: Discourse and Power. In: HALL, Stuart; GIEBEN, Bram. Formations of Modernity. Cambrigde: Blackwell, 1995. p. 276-333.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa: com nova ortografia da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

JUNIOR, Neurivaldo Campos Pedroso. Jacques Derrida e a desconstrução: uma introdução. Revista Encontros de Vista, 5. ed., jan./jun. 2010. Disponível em: http://encontrosdevista.com.br/Artigos/Neurivaldo_Junior_Derrida_e_a_des-construcao_uma_introducao_final.pdf. Acesso em: 16 fev. 2016.

LITLLE, William. The shorter oxford English dictionary: on historical principles. Oxford: Clarendon Press, 1970.

MARIN, Louis. Du fantastique dans l’art contemporain: sur quelques aspects théoriques. In: SEIXO, Maria Alzira. O Fantástico na arte contemporânea: actes du colloque de févr./mars 1987. Lisbonne: Fondation Calouste-Gulbenkian, 1992. p. 105-114.

____. Interview: Louis Marin. Diacritics, v. 7, n. 2, p. 44-53, 1977.

____. Opacite de la peinture. Essais sur la Representation au Quattrocento. Paris: Editions de l’EHESS, 2006.

____. Poder, representación, imagen. Prismas, v. 13, n. 2, p. 135-156, 2009.

____. Transparance et opacité de la peiture… Du moi. In: FORTUNATI, Vita (Ed.). Bologna, la cultura italiana e le letterature straniere moderne. Bologna: Longo Editore, 1992. p. 123-130.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Tradução Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.

MENESES, Ulpiano Bezerra. Fontes Visuais, Cultura Visual e História Visual. Balanço provisório, propostas cautelares. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 23, n. 45, p. 11-36, 2003. Disponível em: http://scielo.br/pdf/rbh/ v23n45/16519.pdf. Acesso em: 10 fev. 2012.

MONDZAIN, Marie-José. L’ image peut-elle tuer? Le temps d’une question. Bayard: Paris, 2002.

MONDZAIN, Marie-José. Nous ne nous en sortirons que par une révolution politique. Entrevista a Antoine Perroud. Mediapart, 11 jan. 2015. Disponível em: http://mediapart.fr/journal/culture-idees/110115/marie-jose-mondzain-nous-ne-nous-en-sortirons-que-par-une-revolution-politique. Acesso em: 27 mar. 2015.

NIETZSCHE, Friedrich. Segunda consideração intempestiva: da utilidade e desvantagem da história para a vida. Tradução Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

PAULINO, Rosana. Nossa herança africana: entrevista com Rosana Paulina. Revista Technography: arte e reflexão, n. 3, 2016. Disponível em: http://tecnography.com/#!blank/rmpxz. Acesso em: 9 mar. 2016.

PENKALA, Ana Paula. O mal-estar na visualização e outras estéticas: da imageria do audiovisual pós-moderno. Tese (Doutorado em Comunicação)–Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

PEREIRA, Renan Rivaben. Semana Ilustrada, o Moleque e o Dr. Semana: imprensa, cidade e humor no Rio de Janeiro do 2º Reinado. Dissertação (Mestrado em Letras)– Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2015.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Unicamp, 2007.

ROBERT, Paul. Le nouveau petit Robert: dictionnaire alphabetique et analogique de la langue française. Nouvelle ed. Paris: Dictionnaires Le Robert, 1993.

SANTIANO-ALMEIDA, Manoel Mourivaldo; CAMBRAIA, César Nardelli. As molecagens fizeram o “moleque”: a aventura da palavra de origem africana. Revista Língua Portuguesa, maio 2014. Disponível em: http://revistalingua.com.br/textos/103/as-molecagens-fizeram-o-moleque-311366-1.asp. Acesso em: 7 mar. 2016.

SECRETARIA Especial de Comunicação Social Semana. Ilustrada: história de uma inovação editorial. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2007. 102 p.

STOLS, Eddy. Aparências, imagens e metamorfoses dos africanos na pintura e na escultura flamenga e holandesa (sécs. XV-XVII). In: FURTADO, Júnia Ferreira (Org.). Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica: Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: FAPEMIG, PPGH-UFMG, 2008.

WEBSTER’S encyclopedic unabridged dictionary of the english language. New York: Gramercy, 1994.

Downloads

Publicado

2018-12-11

Como Citar

Rocha Dossin, F. (2018). Sobre o regime de visualidade racializado e a violência da imageria racista: notas para os estudos da imagem. Anos 90, 25(48), 351–377. https://doi.org/10.22456/1983-201X.77582

Edição

Seção

Artigos