Fronteiras da Antiguidade: algumas leituras e discussões historiográficas sobre o período que medeia a Antiguidade e a Idade Média

Autores

  • José D’Assunção Barros

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.18928

Palavras-chave:

História, Antiguidade, Idade Média, Período de transição

Resumo

Este artigo busca examinar algumas interpretações e perspectivas sob as quais se pode ou tem sido examinada a questão da passagem da Antiguidade Greco-Romana para a Civilização Medieval no ocidente europeu, atentando para as oscilações historiográficas produzidas nestas perspectivas em decorrência de mutações teóricas e metodológicas, oriundas dos campos históricos surgidos com as novas tendências do século XX. São discutidas aqui não apenas as teses que têm norteado a compreensão sobre o fim do Império Romano do Ocidente, como também as flutuações entre as demarcações no período de transição que conduz do mundo antigo ao mundo medieval.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José D’Assunção Barros

Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, nos cursos de História.Doutor em História pela UFF. Autor dos livros “O Campo da História”, “O Projetode Pesquisa em História”, “Cidade e História” e “A Construção Social da Cor”, todospublicados pela Editora Vozes.

Referências

AGOSTINHO. Cidade de Deus. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2000.

ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 2000.

BARDIAN, E. Roman Imperialism in the Late Republic. Oxford: University Press, 1968.

BROWN, Peter. O Fim do Mundo Antigo. Lisboa: Verbo, 1971.

______. Power and persuasion in late antiquity: towards a Christian empire. Wisconsin: University of Wisconsin Press, 1992.

______. Poverty and leadership in the later Roman Empire. Hanover, N.H. / London: University Press of New England, 2002.

______. Authority and the sacred: aspects of the Christianisation of the Roman world. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

______. The rise of Western Christendom: triumph and diversity, 200-1000 A.D. Oxford: BH Blackwell, 1996.

______. Santo Agostinho. Rio de Janeiro: Record, 2007.

CAMERON, Averil. A. Christianity and the rhetoric of Empire. Berkeley: University of California Press, 1992.

______. The Later Roman Empire. London: Fontana Press, 1993.

CHASTAGNOL, André. Le Senat Romain a l’Epoque Imperiale. Paris: Belles Lettres, 1992.

______. Les Fêtes Décennales de Septime-Sévère. In: Bulletin de la Société Nationale des Antiquaires de France. Paris, 7:91-107,1984.

______. Aspects Concrets et Cadre Topographique des Fêtes Décennales des Empereurs à Rome. In: L’Urbs: Espace Urbain et Histoire. Rome: École Française de Rome, 1987. p.491-507.

FERNÁNDEZ URBINA. La crisis del siglo III y el fin del Mundo Antiguo. Madrid: Akal, 1982.

FERRIL, A. A Queda do Império Romano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.

FRIGHETTO, Renan. Da Antiguidade clássica á Idade Média: a ideia da humanitas na Antiguidade tardia Ocidental. In: Revista Temas Medievales, jan/dez, n°12. Buenos Aires: Sociedad Argentina de Estúdios Medievales, 2004. p.147-163.

GARCIA, Gilberto Gonçalves. A Desintegração da República Romana como Ordem na Desordem. Revista da FAE, vol.4, n°2, 2006.

GIBBON, Edward. Declínio e Queda do Império Romano. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

JONES, A. H. M. Déclin du Monde Antique. Paris: Sirey, 1970.

LE GOFF, Jacques. Decadência e progresso/reação. In: ROMANO, R. (org.). Enciclopédia Einaudi; memória/história. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1984.

LOT, Ferdinand. Fim do mundo antigo e início da Idade Média, Lisboa: Edições 70, 1985.

MacMULLEN, Ramsay. Christianizing the Roman Empire. New Haven: Yale University Press, 1984.

______. Enemies of the Roman Order. London: Routledge, 1992.

______. Soldier and Civilian in the Later Roman Empire. Cambridge: Harvard University Press, 1963.

______. The preacher’s audience (AD 350-400). Journal of Theological Studies, n. 40, 1989.

MARROU, Henri. Decadência Romana ou Antiguidade Tardia? Madrid: Rialp, 1980.

MARTIN, P. Qu’est-ce que l’Antiquité “Tardive”? Réflexions sur un problème de périodisation. In: CHEVALLIER, R. (ed.). Aiôn – le temps chez les romains. Paris: Picard, 1976.

MENDES, Norma Musco. Sistema Político do Império Romano do Ocidente: um modelo de colapso. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

MENDES, Norma Musco e VENTURA, Gilvan. Repensando o Império Romano – perspectiva socioeconômica, política e cultural. Vitória: EDUFES, 2006.

MONTESQUIEU. Considerações sobre as causas da Grandeza dos Romanos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2002.

OROSIO, Paolo. História contra os Pagãos. Braga: 1986.

PIGANIOL, A. L’Empire chretien. Paris: Hier, 1972.

PIRENNE, Henri. Maomé e Carlos Magno. Lisboa: Edições Dom Quixote, 1985. [orig: 1935-1937].

SAINTE-CROIX, Geoffrey Ernest Maurice. The Class Struggle in the Ancient Greek World: From the Archaic Age to the Arab Conquests. Cornell University Press, 2007. Oxford: Duckworth, 1982.

______. The Origins of the Peloponnesian War. Oxford: Duckworth, 1972.

STAERMAN, E. M. La caída de régimen esclavista. In: ARCINIEGA, A. M. P. La transición del esclavismo al feudalismo. Madri: Akal, 1976.

STACEY, Ralph D. Complexity and creativity in organizations. San Francisco: Berrett-Koehler, 1996.

VENTURA, Gilvan. O Fim do Mundo Antigo: uma discussão historiográfica. In: Revista Mirabilia, n°1, 2002. http://www.revistamirabilia.com/Numeros/Num1/ofim.html.

VEYNE, Paul. Y-a-t-il eu un imperialisme romain? Mélange de l’École Française de Rome Antiquité. 87:793-855, 1975.

VILELLA, J. Biografía crítica de Orosio, Jahrbuch fur Antike und Christentum 43 (2000), p. 94-121.

WARD PERKINS, Brian. A Queda de Roma e o Fim da Civilização. Lisboa: Aletheia, 2005.

WEBER, Max. As causas sociais do declínio da cultura antiga. In: ARCINIEGA, A. M. P. La transición del esclavismo al feudalismo. Madri: Akal, 1976.

Downloads

Publicado

2009-12-30

Como Citar

Barros, J. . D. (2009). Fronteiras da Antiguidade: algumas leituras e discussões historiográficas sobre o período que medeia a Antiguidade e a Idade Média. Anos 90, 16(30), 109–140. https://doi.org/10.22456/1983-201X.18928

Edição

Seção

Dossiê Antiguidade no Brasil Contemporâneo