Vida vigiada: Jaime Cortesão sob as lentes da PIDE/DGS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.111636

Palavras-chave:

Jaime Cortesão, republicanismo, PIDE-DGS.

Resumo

Pensar o ponto de contato entre a historiografia portuguesa e a brasileira no século XX a partir do problema do exílio científico é tomar como primeiro passo e nos limites deste texto, o estudo da trajetória de Jaime Cortesão sob a ótica da polícia política salazarista. O propósito deste artigo é compreender a repressão política que se abateu sobre o poeta-historiador através da investigação dos documentos de natureza repressiva produzidos pela PIDE-DGS. Orientadas pela lógica de suspeição e inculpação, tais fontes são reveladoras da longa vigilância e controle por parte do Estado Novo de atividades acadêmicas e políticas dos intelectuais, especialmente dele, uma das figuras eminentes do republicanismo português e que foi capaz de resistir ao obscurantismo salazarista dentro e fora do seu país.

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Biografia do Autor

Lucileide Costa Cardoso, UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Professora Associada IV do Departamento e do PPGH da UFBA, Professora Visitante Sênior da Universidade Autônoma de Madri, Programa CAPES/PRINT, Processo 88887.470137/2019-00, mar./20-fev./21. E-mail: lucileidec@ufba.br.

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Publicado

2022-11-03

Como Citar

Cardoso, L. C. (2022). Vida vigiada: Jaime Cortesão sob as lentes da PIDE/DGS. Anos 90, 29, 1–26. https://doi.org/10.22456/1983-201X.111636

Edição

Seção

História da historiografia no Brasil e em Portugal: futuro passado das histórias nacionais em um presente inquieto