“O Selvagem” de Nicolina Vaz de Assis: síntese identitária do Brigadeiro Couto de Magalhães
Palavras-chave:
Indígena – Identidade – Arte Tumular – Morte.Resumo
No final do século XIX, o Brasil experimentou uma série de transformações políticas, econômicas e culturais. Esta onda de transformações reverberou na constituição do espaço do Cemitério da Consolação, em São Paulo/SP, o qual passou a espelhar a elite paulista em seus jazigos, concebidos com um nível crescente de elaboração e refinamento estético. Deste modo, o presente trabalho analisa o jazigo de José Vieira Couto de Magalhães e a forma como alguns traços de sua vida tornaram-se presentes na composição tumular concebida por Nicolina Vaz de Assis. Destacando a representação escultórica do indígena, denominada “O Selvagem”, verifica-se o objetivo da artista em constituir a imagem do Brigadeiro por meio da influência militar, artística e intelectual que este possuía em vida, além de reiterar a sua convivência com os indígenas. Também verifica-se na representação da figura feminina os ideais de religião e pátria, pilares fundamentais de sua construção identitária. Destarte, objetivamos cruzar os dados característicos da produção estética da escultora, influenciada pelos pressupostos do Art Nouveau, com a trajetória de vida do militar, de modo a compreender o significado da arte tumular representada no jazigo, então compreendida fundamentalmente como síntese identitária do sepultado Couto de Magalhães.
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