O 20 de Novembro (1971-2021) e a emergência de uma data afro-brasileira: da Princesa a Zumbi
Palavras-chave:
Cultura e Representações, Relações Sociais de Dominação e ResistênciaResumo
O 20 de Novembro, definido como Dia da Consciência Negra no Brasil pela Lei Federal nº 12.519/2011, foi lançado pelo Grupo Palmares de Porto Alegre/RS, em 1971. Adotado pelo Movimento Negro em 1978, a data ganhou dimensão nacional e tornou-se um referencial na luta de negras e negros contra o racismo e as injustiças sociais. Dedicado ao contexto de idealização deste marco afro-brasileiro, este artigo pretende apresentar alguns dos referenciais históricos mobilizados pelo Grupo Palmares para a elevação da data, como o quilombo e a figura de Zumbi, as justificativas dos seus militantes no sentido de suplantar o “13 de maio”, associado à imagem de uma Princesa Isabel sacralizada, e apontar alguns elementos acerca da consolidação do 20 de Novembro entre a intelectualidade negra brasileira e o Movimento Negro contemporâneo. Esses passos iniciais tiveram como resultado a ampliação do espaço da data no campo das representações nacionais, no ano de celebração do seu cinquentenário, em 2021.
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