Prevalência de fluorose em duas cidades brasileiras, uma com água artificialmente fluoretada e outra com baixo teor de flúor, em 1987 e 1997/98

Autores

  • Marisa MALTZ UFRGS
  • Berenice Barbachan e SILVA UFRGS
  • Andrea SCHAEFFER UFRGS
  • Cláudia FARIAS UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/2177-0018.7767

Palavras-chave:

Fluorose, Fluoração, Dendifúcio fluoretados

Resumo

Este estudo comparou a prevalência e severidade da fluorose dentária em dois períodos de tempo (1987 e 1997/98) em duas cidades do Rio Grande do Sul (Brasil): Porto Alegre, com água artificialmente fluoretada e Arroio do Tigre com baixo conteúdo de flúor natural na água. Um grupo de estudantes com 8-9 anos de idade de Arroio do Tigre (110 em 1987 e 101 em 1998) e Porto Alegre (117 em 1987 e 135 em 1997) foram examinados. A concentração de flúor em Porto Alegre foi avaliada de 1979 a 1996, período correspondente a formação e maturação do esmalte das crianças examinadas. Uma larga variação na concentração de flúor na água foi observada em Porto Alegre, variando entre 0,13-1,11 ppm F de 1979-1987 (10 meses sem fluoretação) e entre 0,10-1,02 ppm F de 1988-1996 (8 meses sem fluoretação). A classificação da severidade da fluorose dentária foi feita de acordo com o Índice de Thylstrup e Fejerskov após a remoção de placa e secagem dos dentes. Nas duas cidades a prevalência de fluorose aumentou entre os dois períodos. A percentagem de crianças com fluorose aumentou de 0% para 29,7% em Arroio do Tigre e de 7,7% para 32,6% em Porto Alegre entre os dois períodos estudados. A prevalência de crianças com fluorose foi similar em Arroio do Tigre e Porto Alegre em 1997/98 (p>0,05%), entretanto a severidade da fluorose foi maior em Porto Alegre. Em 1987 , as crianças em Porto Alegre apresentaram TF1 (6,84%) e TF2 (0,86%). Em 1997/98, as crianças de Arroio do Tigre apresentaram apenas TF1 (29,7%), enquanto que em Porto Alegre elas apresentaram TF1 (28,15%), TF2 (3,71%) e TF3 (0,74%). O aumento da prevalência e severidade da fluorose de 1987 para 1997/98 foi devido, provavelmente, ao uso intensivo de diferentes métodos de aplicação tópica combinados, em Porto Alegre, à presença de flúor no suprimento de água.

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Biografia do Autor

Marisa MALTZ, UFRGS

Professora Titular

Berenice Barbachan e SILVA, UFRGS

Professora Assistente

Andrea SCHAEFFER, UFRGS

Aluna Bolsista de Iniciação Científica

Cláudia FARIAS, UFRGS

Aluna Bolsista CNPq

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Publicado

2000-10-15

Como Citar

MALTZ, M., SILVA, B. B. e, SCHAEFFER, A., & FARIAS, C. (2000). Prevalência de fluorose em duas cidades brasileiras, uma com água artificialmente fluoretada e outra com baixo teor de flúor, em 1987 e 1997/98. Revista Da Faculdade De Odontologia De Porto Alegre, 41(2), 51–55. https://doi.org/10.22456/2177-0018.7767

Edição

Seção

Artigos originais