Fluorose dentária em escolares de quatro cidades brasileiras com e sem água artificialmente fluoretada

Autores

  • Mariza Maltz UFRGS
  • Claudia Farias

DOI:

https://doi.org/10.22456/2177-0018.16784

Palavras-chave:

Fluorose, Água artificialmente fluoretada, Clima

Resumo

O objetivo do trabalho avaliar a prevalência de fluorose dentária em escolares de cidades brasileiras com e sem água de consumo artificialmente fluoretada, no ano de 1987, isto é, anteriormente ao uso disseminado de dentifrícios fluoretados no Brasil. Foram examinadas 435 crianças (8-9 anos) de 4 cidades localizadas em duas regiões com condições climáticas distintas: uma com clima subtropical (Porto Alegre e Arroio do Tigre - RS) e outra com clima tropical semi-árido (Brasília - DF e Luziania - GO). Em cada região foi avaliada a prevalência de fluorose (índice de Thylstrup e Fejerskov, 1978) em uma cidade com flúor adicionado artificialmente à água e em uma cidade sem flúor na água. Obervou-se uma grande variação na concentração de flúor nas águas de abastecimento das cidades com água artificialmente fluoretada. As médias e desvios padrão das concentrações de flúor na água de abastecimento de Porto Alegre, no período de 1979 à 1987, variaram de 0,45+-0,26 ppm F à 0,96+-0,11 ppm F. Houveram interrupções na fluoretação das águas, sendo o ano de 1981 o que apresentou mais meses sem flúor na água (4 meses). Não foi possível obter dados de fluoretação das águas de abastecimento de Brasília no período de 1981 a 1985, entretanto, os dados de 1986 a 1988 demonstram também uma grande variação nas cocentrações de flúor na água (0,318+-0,142 ppm F à 0,72+-0,274 ppm F. A prevalência de fluorose dentária foi praticamente em Porto Alegre (7,7%, clima subtropical) sugere influência das condições climáticas sobre a prevalência da fluorose dentária. A severidade da fluorose foi baixa (grau máximo=escore ITF2). A prevalência e severidade de fluorose foi bastante baixa nas duas cidades com água artificialmente fluoretadas, sugerindo que somente o consumo de água artificialmente fluoretada, nas concentrações utilizadas, não causa alta prevalência de fluorose dentária mesmo em cidades com clima tropical semi-árido.

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Biografia do Autor

Mariza Maltz, UFRGS

P

Claudia Farias

Cirurgiã-Dentista

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Publicado

1998-05-05

Como Citar

Maltz, M., & Farias, C. (1998). Fluorose dentária em escolares de quatro cidades brasileiras com e sem água artificialmente fluoretada. Revista Da Faculdade De Odontologia De Porto Alegre, 39(2), 18–21. https://doi.org/10.22456/2177-0018.16784

Edição

Seção

Artigos originais